Mergulho na Paz
(Hermógenes)
Para que possa submeter seu paciente a um tratamento, o médico precisa, em primeiro lugar, fazer um diagnóstico. Só a partir do diagnóstico, pode prescrever a medicação.Podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que o mundo está doente. Esse, é o diagnóstico. Agora, falta o tratamento.Mas são tantos os que empregam seu tempo a diagnosticar as doenças do mundo - falando sobre a hipocrisia da moral, sobre a violência, sobre a fome, a corrupão..., buscando novas formas de acusar os outros e de protestar - que a segunda parte, o tratamento, acaba sendo esquecida. A grande maioria, limita-se a, apenas, "diagnosticar" e apregoar as doenças do mundo, impondo aos demais "diagnósticos", tantas vezes, altamente suspeitos. Mas não sentem nenhum compromisso com o tratamento e não trazem qualquer esperança de solução.Como diz o Autor, "Chega de tanto diagnóstico, isto é, autodiagnóstico. Autodiagnóstico, sim, pois, segundo o filósofo, 'quando João fala de Paulo, fico sabendo muito mais de João do que de Paulo'. São muitos empenhados na tarefa na tarefa de demolir, que é a mais fácil. É preciso que alguém comece a fazer a parte mais difícil, que é construir.O objetivo desta obra é, exatamente, esta: CONSTRUIR!O Autor inicia com a análise sobre o HOMEM. Sua finalidade idealizada pela Vida Universal, qual seja, a de uma forma que pudesse conhecê-La. Homem, que perdeu as potencialidades infinitas do Ser Supremo, que originariamente é, abortadas pelas posses, afazeres, doutrinas, preconceitos e vaidades. A seguir, com afirmações de extrema sabedoria e iluminação, trata sobre a PAZ, alertando para o fato de que de que a mesma não vem do acúmulo de riquezas ou da obtenção de poder, nem através da violência, assegurando que a Paz só existe no coração ameno de quem é manso e que a Paz no coração é condição para haver Paz entre as nações. Ou seja, da Paz de cada um é que pode nascer a Paz de todos. No próximo passo, ensina o SABER VIVER, apregoando, no início, que se soubéssemos aprender da experiência dos outros, poderíamos evitar lágrimas, remorsos, tristezas, perdas e desastres. Relaciona muitos e grandes motivos para lamentações e expõe que um dos pontos básicos para aprender a viver é entender que a lista negra dos males que vivemos e fizemos de nada nos servem e que devemos organizar, a partir de agorta, uma outra lista - a lista dos benefícios que devemos fazer. Trata sobre os ANSEIOS (que não e confundem com "ansiedades") que devemos ter, para alcançar a Realização Espiritual, o Saber que Liberta e o que Realmente Somos. Fraqueza, insegurança, angústia, amargura, desalento e todas as misérias humanas são criados pela distância entre o que supomos que somos e O Que É Realmente Nosso Ser.O Autor ensina que a Libertação ou Paz "é para os que deixam para trás a barreira dos aparentes e impermanentes e conseguem chegar à fonte-essência das coisas." e que a Verdade Que Liberta só pode ser alcançada por aqueles poucos que transcendem os limires da mente intelectualizada e renunciam à erudição acumulada. Quem defende a sua verdade, perdeu a capacidade de realizar a Verdade. Afirma que "O sinônimo de Satã é sectarismo" e que só o sábio sabe dizer 'não sei'. Para irmos adiante, devemos fugir ao desejo de iludirmo-nos com aparências convidativas, entendendo que o que conseguimos perceber não exatamente a Realidade, nem o que pensamos é o mesmo que percebemos e nem o que ensinamos é exatamente o que pensamos. O mundo que nos rodeia só é realidade na medida em que nos identificamos com ele. Desiludir-se não é negativo, mas é libertar-se, nascer e caminhar, já que só s desilusões desimpedem a estrada. O Real é a meta. O Autor trata sobre Alegria, Sofrimento e Morte, afirmando que felicidade não é sinônimo de prazer, nem antônimo de dor, já que os sábios, em pleno sofrimento, ainda são felizes, enquanto os vulgares, ainda que embebidos de prazeres, podem sentir-se desgraçados. Os sofrimentos, são, às vezes, desafios. Em outras, amortizações. Em outras, ainda, ajuda divina, para que a alma se enriqueça de experiência e se enrijeça na têmpera. Quanto à Morte, é apenas um dos lados da moeda, que tem a Vida no outro lado. Ambas são o verso e reverso da moeda do Tempo. Ensina que tudo - o mundo, os homens, as paisagens... Tudo é símbolo e que desvelar os símbolos é o desafio que se nos impõe. Enquanto num vale só se vê o próprio caminho, chegando ao topo se vê o caminho de todos, ou seja, a Realidade Plena.Após sérias e sábias reflexões sobre os homens e tudo, afirma que são os homens e não as leis que precisam mudar. Quando os homens forem bons, as leis serão melhores e quando forem sábios, as leis, por desnecessárias, deixarão de existir. E isso será possível quando as leis estiverem escritas e atuantes nos corações de cada um de nós.O Autor nos leva e examinar a Natureza e a Poesia Onipresente no todo, sobre a Mística, sobre o Amor..Entendemos, finalmente, que há em cada homem o resumo de todo Cosmo. Quando o homem puder conhecer a si mesmo, todas as perguntas terão respostas e, finalmente, haverá o Mergulho na Paz.
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