Emoções e memória
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O olfato é provavelmente o mais subestimado dos sentidos, mas tem uma importância crucial em diversos aspetos da nossa vida e cada vez mais tem merecido a atenção dos investigadores.Desde o nascimento o olfato é um dos sentidos mais importantes, pois é através dele que obtemos informações primárias acerca das pessoas, identificamos as pessoas que estão perto, se um alimento está ou não estragado, etc. A atração ou repulsa inicial relativamente a outras pessoas depende muito do seu odor, estejamos ou não conscientes disso. Mas como se forma a memória olfativa? Cada vez que sentimos um odor pela primeira vez, ele fica registado na nossa memória. Iremos nos recordar que aquele odor pertence aquele objeto, alimento, etc. Além disso, a memória olfativa relaciona esse cheiro a um acontecimento, um lugar, uma pessoa e à emoção vivenciada. E é assim, que aos poucos vamos criando a nossa memória olfativa. É por isso que podemos, por exemplo, associar o cheiro de um bolo de laranja à nossa infância, ao carinho da avó e à sensação de tranquilidade e de alegria. O olfato tem o poder de despertar em nós uma reação emocional, que se traduz em termos bioquímicos e cerebrais por exemplo, na libertação de hormonas e neurotransmissores benéficos ao organismo.Há cheiros que além de trazer uma enchente de lembranças, influenciam o humor das pessoas e até o desempenho no local de trabalho. Tem também um papel importante na amizade, paixão e decisões na aquisição de diversos produtos, desde alimentos, roupas, cosméticos e casas. Há cientistas que se têm debruçado sobre a utilidade e o uso terapêutico do cheiro em doenças como a demência, a ansiedade e a depressão, pois no cérebro, as emoções, a memória e o olfato estão intimamente relacionados.
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