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Convivendo Com O Ser Morrendo
(Maria I. L. Ghuezzi)

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De forma corajosa, aliada a um grande pioneirismo, a Autora trata sobre vários aspectos atinentes ao PACIENTE TERMINAL. A obra foi escrita tendo por motivo, inicialmente, a experiência vivenciada pela Autora, quando, ao longo do curso de graduação, constatou o quanto a abordagem sobre o tema morte era descurada, tornando-se quase uma breve menção aleatória. Observou, também, que tanto enfermeiros quanto médicos evitavam um contato mais freqüente com tais pacientes. Já formada e tratando com sua primeira paciente terminal, concluiu que os profissionais da área da saúde estavam preparados para atuar frente à doença, mas não com om paciente-doente e menos, ainda,. com o paciente à morte. Quanto aos familiares, observava comportamentos variados. Aqueles familiares que passavam longas horas próximo ao paciente,. tentando auxiliá-lo, principalmente nos cuidados de higiene, ou permaneciam quietos ao seu lado ou aqueles que, tão logo chegavam, saíam em seguida, tendo a breve permanência marcada por discussões e agressões, tanto por parte do familiar como do paciente.De sua experiência com o paciente terminal, equipe de enfermagem, médicos e familiares, surgiu a idéia de que havia a necessidade de uma abordagem mais ampla sobre o tema.Inicialmente, dedicou a atenção para o estudo de temas referentes à morte e ao paciente terminal, concluindo o quanto era irrisório o número de trabalhos e estudos referentes a essa temática. Percebeu, então, que somente desvelando o mundo vivido pelo próprio paciente teria a possibilidade de resgatar a essência do fenômeno terminalidade. A partir da realidade percebida pelo Ser-paciente e pelas pessoas que com ele conviviam.O início da obra trata sobre Considerações Teóricas, ou seja, do quanto a Autora conseguiu encontrar na literatura especializada. A seguir, sob o título de "A Caminhada: O Encontro Com o Ensinar e o Morrer", com base nas situações em que o paciente experenciava a sua terminalidade e evidenciava seus senrimentos e comportamentos, aborda os temas da solidão, identidade, desejo de ir para casa, medo ou esperança de vida e aceitação. Então, registra situações reais, vividas por vários pacientes terminais e a interação com familiares e profissionais da área da saúde. Alguns episódios são extremamente duros e dramáticos, mas todos eles proporcionam uma visão real do que é ser um paciente terminal e do que é conviver com o paciente terminal. O livro apresenta fatos e fornece orientações extremamente importantes. Finaliza a obra com um capítulo sobre "A COMPREENSÃO DO ENSINAR E O MORRER", fundamentando sua compreensão através do pensamento de Heidegger, para quem o Ser é constituído por três estruturas fundamentais: Ser-no-mundo, Ser-em-si-mesmo e Ser-em. Ensina que, conforme o paciente terminal vai se aproximando de sua finitude, renuncia ao Ser-aí, para se tornar apenas um Ser. Finalmente, apenas um Ser-só. Vai se tornando um ser sem identidade e, como tal, sem condições de decidir ou optar, mas expressando, ainda, o desejo de ir para casa, numa tentativa de reaver sua identidade, através do retorno à sua existência anterior. Mas, conforme os dias vão se sucedendo no hospital, quando ao paciente não é mais permitido escolher, desejar, optar ou se arriscar, isso vai sendo aceito por ele, como fazendo parte de sua existência de Ser-morrendo.



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