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Análise crítica do curta metragem Tolerantia
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Trata-se
de um curta - metragem de autoria de Ivan Ramadan com a duração de 6 minutos e
30 segundos lançado no ano de 2008, apoiado pelo ministério da cultura e
esportes da Bósnia e Herzegovina.

Análise - Este
curta já nos prediz através de seu título, escrito propositalmente com gelo, o
quão gélido e insensível torna-se o homem quando se trata de poder, neste caso
o poder esta relacionado à força da religião.

O
cenário nos direciona ao fator tempo, momento em que ocorre o fato, o gelo
cobrindo todo o solo, a presença de um animal pré-histórico nos remete aos
primórdios da civilização, o fim da era glacial. A música que emoldura a cena
inicialmente trás certo ar de suspense, anunciando que algo está para
acontecer, a semelhança do bater do instrumento utilizado na composição, com os
chocalhos de uma cascavel nos faz associar o fato a um trágico fim. O que nos
chama a atenção nesta colocação é de que a intolerância e a busca pelo
poder já vem sendo cultivada desde o
início da civilização. Ao
decorrer do curta aparece no cenário um grande bloco de gelo e nele contido um
homem. Neste momento a música para, e dá lugar ao silêncio que pede a atenção
do espectador, os raios solares incidindo sobre o bloco contendo o gigante
começa a derreter e o homem então, ganha vida, se sente, e começa a se libertar
da prisão em que esteve por tantos anos.

Uma
vez liberto e vivo, olha a seu redor e nada vê além de um grande bloco de pedra
e a presença de um astro no céu cujo calor é por ele sentido, assim ele o reconhece
como uma divindade e associa sua libertação e vida a este “deus”.

O
homem então resolve agradecer a seu “deus” a vida construindo para
este um lugar de adoração. Põe-se então a trabalhar exaustivamente nesta
empreitada empurrando e empilhando os grandes blocos de pedra

A
construção começa a tomar forma e no final da tarde com toda a construção
pronta o homem levanta então um símbolo muito parecido com uma foice, um dos
símbolos do comunismo, e que lembra também o símbolo religioso do Islamismo,
representando sua tendência moral, e ideologia.

Logo
em seguida e em silêncio põe-se a adorar o seu “deus” quando derrepente é
atingido por uma pedra lançada pelas costas contra a qual não teve a chance de
se defender, o homem então vai ao chão. O que representa aqui o ponto ápice do
curta, a disputa de poder, a imposição de ideais e modo de ver o mundo, a
intolerância propriamente dita muito relacionada à religião visto que ambos os
monumentos foram construídos com o intuito de adorar um “deus”.

Surge
então um segundo personagem, o que lançou a pedra, ele grita, bate no peito,
pula e aponta para o símbolo por ele construído e que julga ser o certo a ser
seguido. Nota-se que nesta cena que o autor faz uma associação do homem com o
gorila que bate no peito, pula e grita para mostrar ao bando de gorilas que ele
é quem manda no bando, desta forma o homem aqui é semelhante a um animal irracional
que em sua infinita ignorância tenta sobrepujar a vontade do outro através da
violência visto que não tem sabedoria e discernimento para dialogar com a outra
parte.

A
cena segue, mostra-se brevemente as duas construções e podemos concluir que embora
direcionadas de forma diferente, as duas são iguais. Desta forma podemos dizer
que os dois possuem a mesma origem, possuem semelhanças em seu tom de pele
inclusive, ambos são desprovidos de cabelo o que indica também uma intercessão
de culturas assim como o aspecto de suas construções. Diante disso podemos
adiantar que estes homens eram pra estar lutando juntos e não um contra o
outro.

Inicia-se
então uma guerra pela hegemonia local e ambos passam a desprender toda sua
energia e vitalidade para obter meios de vencer um ao outro, lançam mão da
tecnologia representada por uma catapulta que o agredido constrói para dar fim
a seu opositor, o outro por sua vez se vê acuado e procura um meio de se
equiparar em condições armamentistas, e a guerra continua.

Finalmente
ambos são atingidos pelas armas que usam e morrem dando fim a guerra inútil,
pois o sol continua a brilhar e tudo o que sobra são as ruínas que contam a
História de um povo pobre, miserável que luta diariamente e muitas das vezes
não sabem nem porque lutam, são tão ignorantes que lutam em nome de Deus e
esquecem de Seus ensinamentos: “Amai ao próximo como a ti mesmo”

Considerações - O
curta mais que uma mensagem para reflexão nos deixa um ensinamento, uma lição
de vida.

O
homem com sua sede de poder e intolerância fica cego e muitas vezes cega uma
nação inteira, haja vista o exemplo de Hitler que comandou milhares de homens
em busca de uma hegemonia racial e através disto executou milhares de
inocentes, a própria igreja durante a inquisição que queimou milhares de
mulheres no intuito de manter o seu poder, assim como as cruzadas por ela
patrocinadas e as catequizações dos índios em nosso país que precisavam ser
“domesticados” para serem utilizados como escravos em prol de seu crescimento e
estabelecimento local. Atualmente
a guerra entre os países islâmicos, palestinos que não me lembro terem tido até
hoje um momento de paz, sem guerras ou rumores de guerra em busca do domínio da
chamada “Terra Santa”

A própria guerra da Bósnia foi um conflito
armado causada por uma combinação complexa de fatores políticos
e religiosos: o fervor nacionalista, crises políticas, sociais e de segurança que se seguiu ao
fim da Guerra
Fria e a queda do comunismo na antiga Iugoslávia, que acredito tenha
inspirado o autor na criação deste curta.



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