A insegurança e o medo
(Ceissa Costa)
Quando vivemos determinadas situações na vida, elas nos fazem
sentir como se estivéssemos à beira de um abismo, sem qualquer possibilidade de
retorno. A insegurança e o medo nos tornam tão frágeis e vulneráveis, que nos
sentimos totalmente desamparados, sem qualquer base de apoio em que nos agarrar,
e com a certeza de que vamos nos envolver e nos magoar novamente, isso parece
uma correnteza que leva direto ao precipício.
Nestes momentos, a consciência é a única saída, e isto
significa viver a experiência do observador, que olha para o medo diretamente,
sem desviar-se, ou agarrar-se a nenhum atalho consolador.
Esta é uma vivência ao mesmo tempo profundamente dolorosa e
extremamente valiosa, pois nos permite encarar as provas que a existência
coloca em nosso caminho, de uma maneira completamente nova.
Ao realizar isto, aproximamos de outra dimensão de nosso ser,
aquela que nos conecta diretamente ao divino, à sabedoria que reside em nós,
mas que enquanto não é reconhecida, nada pode fazer para nos libertar da prisão
em que nos encerramos.
A mente sempre
tentará nos levar de volta ao abismo e saber disso é o primeiro passo para que
ela deixe de ser o senhor de nossa vida. A mudança só será verdadeiramente
profunda quando conseguirmos enxergar na experiência do abismo uma valiosa
bênção, um momento em que a existência nos traz a possibilidade de transcender
a nós mesmos.
Este é um salto
imensurável em nossa evolução e, quando acontece, deve ser celebrado com imensa
alegria e gratidão. Coragem e confiança constituem o pólo oposto do medo e da
insegurança. Concretizar esta transição nos possibilita conhecer, finalmente, o
real significado da palavra bem-aventurança.
"Desventura significa apenas
que as coisas não são encaixadas com os seus desejos - e as coisas nunca se
encaixam com seus desejos, elas não podem. As coisas simplesmente continuam
seguindo sua natureza.
Mesmo a tristeza é luminosa,
então, até mesmo a tristeza tem uma beleza. Não que a tristeza não venha - ela
virá, mas não vai ser sua inimiga. Você vai fazer amizade com ela - porque você
vai ver a sua necessidade. Você “será capaz de ver sua graça, e você serão
capazes de ver porque ela está lá e por que ela é necessária.”
O por do sol é tão necessário quanto
o dia. E os dias de tristeza são tão essenciais como os dias de felicidade.
Isso eu chamo de entendimento. Uma vez “que você entendeu você relaxa - naquele
relaxamento, você está rendido.”
E digo: "Faça o que acha que
é correto. Se forem necessárias nuvens hoje, dê-me nuvens. Não me escute, meu
entendimento é minúsculo. Que sei eu da vida e seus segredos?"
Não me escute! Você apenas vai
fazer a sua vontade. "E, pouco a pouco, você verá mais o ritmo da vida, o
ritmo da dualidade, o ritmo da polaridade, você pára de perguntar, você pára de
escolher... você para.
Esse é o mistério. Viva com este
segredo e veja a beleza. Viva com este segredo e subitamente você será
surpreendido: como é grande a bênção da vida! Quanto está sendo despejado sobre
você a cada momento!"
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