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A História da Arrogância.
(Luigi Zoja)

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A
exploração do planeta e de seus recursos tem consequências cada vez mais alarmantes. No entanto, apenas se fala sobre os aspectos técnicos: o buraco de ozônio, por exemplo. Não psicológicos. Quando soa
o alarme, porque nos deparamos com limites exteriores - tais como o superaquecimento da Terra - já é tarde. Observamos
os efeitos de um processo - as crescentes necessidades - postas em movimento
muito antes. Porque não somos mais capazes de limitar as nossas necessidades? Se discutim os limites do desenvolvimento,
devemos nos perguntar por que temos a
tendência a um desenvolvimento ilimitado. Então aperceber-nos-emos que esta tendência
é relativamente recente e historicamente
condicionada. Quase até ontem, o mundo era agrícola, procurava apenas reproduzir os ciclos do ano e seus frutos da estação. A história do Ocidente é a história do contornar desse modo
de vida, substituído pela
expansão sem limites; da metástase das
produções, que é uma conseqüência de metástase das necessidades. Tal como para a economia, para entender a história, também temos
que usar um olhar psicológico. A origem, na verdade, está é numa conversão inconsciente dos nossos antepassados.

O tese central da “História da Arrogância” é a hýbris
(arrogância) e seu castigo inevitável. O autor desenvolve o conceito de Limite
a partir da Grécia clássica: os antigos gregos acreditavam que o
"pecado" da arrogância (o pecado de querer ultrapassar os limites
impostos pelos deuses aos homens) era duramente punido por Nêmesis, deusa da
justiça. A profunda análise dos antigos textos gregos, na primeira metade do
livro, é seguida por um estudo das narrativas ocidentais sobre os castigos
impostos a quem quebra o Limite: o Gênese bíblico, o Inferno de Dante e O
Aprendiz de feiticeiro de Goethe. Para os gregos antigos, a moral estava
sujeito aos limites. Os deuses
queriam a felicidade só para eles, eram invejosos,
puniam aqueles que tinham ou queriam em excesso. Mas
os próprios gregos se ensoberbeceram
de seus sucessos e
reverteram o tabu dos limites:
começaram a substitui-se aos deuses. Se é verdade que uma cultura pode negar apenas superficialmente as suas
origens, que os deuses antigos
desaparecem, mas os seus mitos renascem em formas modernas, então a
nossa ânsia pelos limites do desenvolvimento não é apenas uma questão técnica, mas traz à tona um
tormento e uma culpa infinitamente mais antiga.



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