A DISTENSÃO DA GUERRA: da continuidade à loucura
(Umberto Eco)
Após
ter lido o primeiro ensaio do livro de Umberto Eco, Cinco escritos morais, sente-se a necessidade avassaladora de garatujar
sobre o primeiro Ensaio “Pensar a guerra”. Como diz Umberto Eco, pensar significa desempenhar o papel de `Grilo
Falante´ (Eco, 1998;13). E tal somos todos nós, os que se preocupam com a
humanidade. Assumimos que somo Grilos Falantes e que não são ouvidos.
Funcionários da palavra, da humanidade e pouco mais. Porque os actos de quem
diz que tudo sabe e mata bem, pouco interesse têm.
Pensar
a guerra parece um não ter fim à vista. Não possuir limites e muito mais.
Porque ela não tem fim, quem a pensa, revolta-se e escreve sobre ela. Porque
incomoda como um moscardo louco que pouco interessa a quem necessita da dita
cuja para viver.
Parabéns
aos grandes pensadores, dos quais o Umberto Eco não faz mesmo parte, que se
sentam em bons cadeirões a discutir as armas que empregam e os danos colaterais
que ficarão, quando as bombas caiem e matem inocentes.
Os
grandes senhores fazem a guerra porque lhes dá jeito, dinheiro e engordam tanto,
até ao máximo da loucura. Quando fazem os seus impostos (será que fazem!!!) a sua
profissão denomina-se “Funcionários públicos da guerra”.
Eles,
afinal, mandam matar por puro prazer como se o campo de batalha fosse um circo
de feras esfomeadas, mas com humanos a fazerem de escudos. Parecem uns doidos e
uns furiosos, como nos refere Umberto Eco.
Escudam-se
no velho Heraclito que, sofredor, teve a infeliz ideia de dizer que os
contrários são dependentes. Parece que, para eles, se estivéssemos na
verdadeira paz ficavam entediados. A guerra faz subir a adrenalina, mesmo entre
os néscios que querem ganhar um micro poder a todo o custo. Que pena, são
néscios e mais nada.
O
absurdo é que eles, ou doutos da guerra, mandam tiros uns aos aos outros, num
acto autofágico. Nem pensam (pois nem nunca o farão! Não sabem fazê-lo) que no momento do tiro um neurónio emite sinais
eléctricos ao longo de uma série de cabos de outpout, (Eco,1998;22-23) os
tais axónios, como bem caracteriza Umberto Eco. Mas tiros destes são choques,
não balas frenéticas de operadores para matar, em rede, milhares de inocentes.
E
a talhe de corte político, como afirma Umberco Eco, a política guerreada
condena os antigos guerrilheiros, como o Che Guevara, que ansiou por uma
américa do sul livre dos senhores da guerra guerreada, políticos da coisa feita
e assassinos da morte os miseráveis e outros mais.
A
vida normal é a cores. Aquilo que se vive em situação de guerra quente, porque
se fosse fria já o planeta tinha congelado e os barões da morte lenta já se
tinham ido. A guerra é a preto e branco, como num tabuleiro de xadrez. Xaque-mate
não serão os homens a fazê-lo, mas sim o planeta que se cansou deles.
Acredito em Umberto Eco:
O fim provável de uma guerra mundial será o crac (Eco,1998:23). A não conclusão da velha partida de xadrez.
Espero vê-los de longe… sorrindo a suicidarem-se porque o negócio da morte já
se foi.
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