O substituto
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É bom ter sentimentos nostálgicos de vez em quando, lembro-me de quando tinha 15 anos. Eu era uma aluna, mediana,não me prendia a vaidade, pois sempre me achei feia e sem graça. Me recordo quando me sentava sempre no mesmo lugar , ao lado da mesa da professora . Em uma manhã chuvosa , estávamos aguardando a aula mais tediosa que havia, a de matemática, não sabia qual era a pior a professora ou a matéria, quando derrepentemente, ouço murmúrios dentro da sala , e percebo que a professora mal humorada de matemática havia faltado, para alegria da sala. Mas lembre-me que sempre que havia a ausência de professores na Escola Publica, sempre tinha aquela professora substituta insegura para tentar ministrar aquela sala de anarquistas.Uma das alunas, que por sinal era a mais lindas e também uma das mais promiscuas , veio logo gritando para a sala inteira , com aquela voz toda derretida, que o novo professor substituto era lindo, e que estava vindo com a Diretora para nos apresentarmos. Logo pensei, por que a Diretoria faria isso?, sendo que nunca o fez com as outras professoras substitutas? Neste momento, imaginei que fosse exagero da minha fútil colega de classe. Só que quando eu menos esperava, fiquei em estado de deslumbro. Não era exagero da colega , realmente o substituto era extremamente atraente.A sala ficou em total silêncio, sendo que em sua maioria era do sexo feminino,e com os hormônios em ebulição, e posso confessar que eu também estava, tudo por causa do substituto.A Diretora, com aquele jeito ditador de sempre, simplesmente nos disse que era para nós respeitarmos o professor, pois assédio sexual é crime! Realmente a Diretora disse aquilo, como se nós fossemos lobos e o substituto a pobre e indefesa ovelhinha, que estava pronta para o abate. Será que ela estava errada?Alguns pensamentos questionadores veio a mente, mas acabei esquecendo tudo e voltei a admirar o misterioso professor substituto de matemática. Olhos verdes iguais as esmeraldas, pele clara aparentemente macia e saudável, cabelos cacheados de cor escura, mas o que mais me chamou atenção, quero dizer, o que mais me provocou como mulher, foi sua voz grave e segura, seu olhar misterioso que me encarava por 5 segundos, e seu cheiro, não aroma de perfume, mas sim o seu próprio aroma masculino, que me fazia lembrar o aroma de canela. Interessante o questionamento da Diretora , que veio nos dá um ultimato, é como se ela soubesse que de alguma forma, aquele professor mexeria intensamente com o publico feminino adolescente, até mesmo eu que sempre fui centradas em meus objetivos.Foram as 2 aulas mais rápidas que já tive em minha vida, pois queria que durasse eternamente! Nunca havia aprendido a fórmula de Báskara com tanta atenção, só para poder elevar a mão e dá a resposta, para que o substituto pudesse me notar. Mas, não era só eu, que demostrou uma ativa participação em sala, todas, quiseram mostrar que não sabiam, e que pediram auxilio pedagógico para o substituto, para que fosse sempre até as carteiras, detalhe que neste momento, decotes fartos começaram a disputar entre si. Menos eu que nunca tive nada "farto".A aula se encerrou, o substituto se despediu, e quando foi saindo pela porta , olhou para trás e novamente por 5 segundos me encarou daquele jeito que faz qualquer mulher esmaecer. Será que era uma sinal? ou era coisa da minha cabeça, talvez o substituto tenha olhado assim para todas as alunas , pois o seu olhar era sedutor. Mas, se ele estivesse demostrando algo recíproco? Nunca vou saberei, porque não tive coragem de procura-lo , e ele também tão pouco, ou talvez, foi tudo obra da minha imaginação "fertilizada".
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