A globalização e a influência no Brasil e na África.
(Aécio Rawlison)
Matéria interessante. Tema de uma redação da Revista BCA com premiações e tudo mais. Mas com o evento globalização muita coisa ficou evidente: os processos sub-humanos (subumanos é inventar palavras por causa de regras) de alguns países, a vulnerabilidade economica, o crescimento tecnológico, proezas e problemas de tantos outros. Contudo, no que tange assuntos relacionados ao Brasil e África, a globalização não influiu tanto de forma a influir no conhecimento cultural de ambas as nações. Apenas para o mundo, que alheio a tudo se viu bombardeado por situções, costumes e tradições expostas pela mídia internacional. Foram 12 milhões -se não me falha a memória- de africanos espalhados pelo mundo, dos quais 6 milhões vieram para o Brasil. Depois de 13 de maio de 1888 (e lá se vão 125), os irmãos que ficaram por aqui nos transmitiram conhecimentos e ensinamentos milenares, que nos proporcionaram a compreeensão de um universo no continente africano. A globalização nos mostra os números estatísticos de várias pesquisas, em diversos setores da compreensão e dos direitos humanos, mas não nos dá o real valor, a real grandeza de um povo fértil de tradições, experiências e valores que ajudaram -mais que qualquer outro país- a fazer do Brasil o que ele é hoje: rico! Seja nas miscelânias das raças, na produção homeopática com folhas trazidas da Mãe África, suas rezas, suas mandingas, suas crenças benfazejas; seja no samba de roda, no maculelê, na capoeira, no congado, na culinária, no frevo, no requebrado, na beleza punjente dessas negras, mulatas, cabrochas, mulheres maravilhosas cheias de graça e da cor do ébano. E por quê não falar dos negros, por quem tantas loiras branquelas suspiram, mulatos da cor do bronze queimado, cantados em versos e prosas de norte à sul deste páis. A globalização pode ter trazido essa punjança à tona, pro mundo, mas não pra nós, brasileiros conscientes e adoradores de uma boa feijoada regada a caipirinha, degustadores assíduos da boa cachaça, admiradores do batuque, do som dos tantâns, dos atabaques e dos candomblés...não! A globalização não nos trouxe tanto assim. Nos trouxe a penúria, filmada, da fome e da miséria, as mutilações resultantes de um pós guerra ainda vivificado, doenças e corrupções, prisões de líderes religiosos e pacíficos. São estas as imagem que bailam diante de meus olhos e ressoam em minha cabeça. Não que a globalização seja ruim, mas quando se trata de África, o reflexo não é bom, nem pra nós e nem pro mundo. Em contra-partida, o que ecoa em nosso país é justamente o contato físico com nossos irmãos consanguineos, sua cultura e sua força. Um contato que pode-se dizer secular -até milenar. Pois estamos no século XXI, viramos o milênio cujas profecias eram apocaliptica pro ano 2000, e mais recentemente para o dia 21 de dezembro de 2012. Quantos finais do mundo mais teremos até que a hipocrisia se renda a mais nua e crua verdade que a globalização não trouxe: os negros, são nossos irmãos. Mais de 185 milhões de brasileiras e brasileiro trazem um gene africano, negro nas veias, no sangue. Que importa se não o trazem na cabeça ou no coração?? A Mãe África superou mais que isso. Superou angústias, guerras e, espero que, a sua fome, graças a globalização. Esse mérito ela tem. Mas também, e ainda, tem em nós brasileiros, seus irmão de pele clara, um pilar de sustentação prontos para auxiliar e extreitar os laços de amor, amizade, carinho e fraternidade que nos une, independente de globalizar ou não nossos interesses comuns. Não vejo obstáculos impostos pela globalização, antes faço votos para que essa globalização seja foco de conhecimento holotrópico, onde se veja e assuma a responsabilidade das necessidades por que passam alguns países, e assim o mundo possa ajudar a melhorar o mundo que ele mesmo escolheu ser. Faço votos de que venha a globalização, não se faça a globalização, para que todos vejam, ajudem e se espelhem. Melhorem, extreitem seus la,os afetivos, seja pelo idioma, pela cultura, pela cor do cabelo, pela cor da pele...mas que sejam unos, como Brasil e África. Mesmo que muitos não concordem comigo, e para desespero geral dos que se acham cinza, e apelam para fé na ignorância maravilhada na ocorrência do improvável. À esses, um grande abraço globalizado!
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