BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Pincelando a Ruína Humana
(Guia Folha Online)

Publicidade
Resumo
fundamentado na exposição “Corpos e Rostos”, de Lucian Freud, do período de 28 de junho de 2013 a 02 de fevereiro de 2014,
no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. A exposição pode ser
considerada como autobiográfica, pois analisando suas perspectivas perante aos
modelos que o pintor retrata, se conhece algumas características fundamentais
do imaginário do artista e perspectivas vindas de sua vivência única –
influência inevitável a qualquer indivíduo – Lucian retrada em suas obras a
aura dos modelos, algo além das características meramente físicas, porém usando
de artifícios artísticos que denotem características do corpo e face.

Desapego aos padrões

Como
citado nas legendas, que estavam espalhadas pela exposição, os quadros de
Lucian Freud causavam espanto nas pessoas da época, pelo fato de estarem fora
dos padrões de perfeição e, consequentemente, propício ao estranhamento do
público. Da mesma forma que o visual transparente e dramático da exposição
inspira desespero e melodramaticidade, o que denota mais ainda a sensação de
espanto e curiosidade que a exposição “Corpos e Rostos” transmite.

A visão do autor e artista

Opto
por colocar em evidência a importância das expressões nos detalhes, um tanto
realistas, nas obras de Lucian Freud. Em “Corpos e Rostos” fica nítido que o pintor
tem por objetivo transmitir com um olhar, abraço ou até mesmo com a posição de
seu objeto de inspiração diferentes pontos de vista e sensações. O artista diz
pintar “o espírito do modelo, ou dos modelos”, que no caso de mais de um, pinta
a aura que há entre a relação entre eles.

Uma
das obras, chamada de “Jovem num vestido verde” (1954), segundo a legenda a
mulher retratada no quadro era a segunda esposa de Lucian, é transposta de
forma peculiar e muito distinta, já que o pintor exagera em seus traços
naturais e acrescenta detalhes que transformam a aura da modelo em algo
entristecedor e desgastado. O artista se justifica dizendo a esposa que pinta o
que vê, e não o que ela quer que ele enxergue.

Ambiguidade de gênero

Nota-se
que algumas das obras da exposição de Lucian Freud não possuem traços concretos
o bastante para se definir o gênero de um modelo, não fica claro se estamos
diante de um homem ou uma mulher, se não levarmos em conta as legendas. O
intuito que o artista quis passar com esta ambiguidade retratada em sua arte
varia de acordo com variados pontos de vistas. Talvez seja um modo de Lucian
transpor as diversas ambiguidades existentes em todos os homens e mulheres,
onde ambos se completam e possuem um pouco de cada um, se “completando” assim,
como na filosofia Ying Yang.

Sentimentalismo transposto nos
detalhes

Outro
paradoxo que se percebe na exposição é
analisado através da angústia e o sentimentalismo presente tanto na aura das
obras da Lucian, que eram naturalmente transpostos através de uma expressão
corporal, de um gesto ou no detalhismo de alguma parte do corpo. Trazendo assim
certa dramaticidade, que se nota nos traços dados a anatomia dos modelo e suas feições.

O Chiaroscuro como forma de
expressão

O
artista faz uso da técnica chamada Chiaroscuro, que tem por finalidade criar
uma atmosfera de mistério e melodramaticidade. Esta mesma técnica é utilizada para
trazer para suas obras um contraste semelhante entre luz e sombras, usando o
preto e o branco e técnicas de sombreamento. Tal técnica é é utilizada para se
criar uma atmosfera de melodramacidade, realismo e emoção.

O aprofundamento da psique humana

Na
exposição Corpos e Rostos se tem como destaque a transmissão da complexidade da
psique humana. Há a preocupação em denotar vários tipos de sentimentos e
estados de espírito Isto fica evidente principalmente ao analisarmos através
dos traços e da expressão facial dos modelos, assim com nas técnicas de
sombreamento que também criam uma atmosfera de mistério, que faz com que a
verdadeira “ruína” seja exposta, para que fique evidente a verdadeira beleza e
loucura da complexidade humana.



Resumos Relacionados


- Claude Monet

- "corpo Humano: Real E Fascinante "

- Http://fctp.petropolis.rj.gov.br/fctp/modules/xt_conteudo/print.php?id

- Arte

- Artista Plástico Aldemir Martins



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia