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Os limites entre persuadir e convencer nos cursos de docência superior
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IntroduçãoPersuadir,
originário do latim “Persuadere”,
significa ‘aconselhar’ ou ‘levar a uma opinião’. É induzir a aceitar uma
posição lógica diferente da que originalmente se propôs a seguir. Por exemplo, um politico ‘aconselha’ o
eleitor de seu adversário a votar nele somente com o poder da palavra, da
competência literária e, especialmente neste caso, pelas promessas. Não há
prova concreta.

Convencer é o
ato de levar uma pessoa a aceitar uma afirmação mediante provas. O termo
convencer é derivado da palavra “vencer”, onde podemos concluir que a pessoa
que fica ‘convencida’ foi ‘vencida’ por um fato real e, contra fatos não há
argumentos.

Um raciocínio
exato, por exemplo, 2 + 2 = 4 produz uma convicção;
uma conversa informal associada a alguém com o dom da palavra e uma afinada
lábia, produz persuasão, mas não convence.

Assim sendo,
a persuasão é fazer alguém agir, apelando pela vontade e para as emoções dos
indivíduos, enquanto que o convencimento apela para a inteligência e à razão
dos envolvidos mediante fatos concretos.

Tese

Nos últimos
anos, o corpo decente vem sendo obrigado a exigir mais do professor quanto ao
conteúdo programático das aulas em virtude da quantidade de testes e provas
para concursos públicos, Exame Nacional de Ensino Médio (ENM) – serve para o
ingresso na universidade, mas também para conclusão do ensino médio e/ou para
conquistar vagas de intercâmbio, Sistema de Seleção Unificada (SISU) -
seleciona os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior.

Assim sendo,
o professor vem sendo obrigado, por uma questão de sobrevivência
econômico-financeira, a modificar e/ou adaptar seus métodos arcaicos e
obsoletos, muitas vezes de mão única (autoritário) e meramente teóricos, a
aplicar metodologias melhores e mais modernas para atender a esse novo “público
discente”.

Foi
necessário deixar de lado o autoritarismo que acompanhou o professor por longos
anos. Assim, o professor se deparou com um impasse de como fazer os alunos
concordarem com teorias antigas de pensadores, estudiosos e filósofos que
muitas vezes contrapõe a rotinas do mundo real?

Para lidar
com essa nova face do corpo discente, os professores foram se aperfeiçoando no
enriquecimento do conteúdo programático, deixando de lado o ‘by the book’ puramente teórico e
trazendo para a aula exemplos práticos, fatos reais, de modo a exercitar o
poder de persuasão e de convencimento às teorias que eram antes impostas mas
que hoje necessitam de argumentos convincentes para concluir a via de mão dupla
que passou a ser a dos alunos em sala de aula.

Mas quem são
esses novos jovens que compõem o corpo discente?

Jovens
questionadores e participantes da geração Y. Geração do milênio ou geração da
Internet, conhecida por ter grande ambição e buscar desafios, não se satisfazem
com “é assim porque tem que ser assim!”,
são rotulados e muitas vezes discriminados e associados a conceitos de
desajustados e erradamente taxados de alienados à política e a questões de
responsabilidade social.

Objeções Possíveis à essa Tese

O poder
experimental que a persuasão mostra pela sua subjetividade cria, muitas vezes,
uma situação exaustiva para o professor ao se tentar ‘persuadir’ mentes
(geração Y) ‘sedentas’ de informação objetivas, porém acabam ficando frustradas
e sem sucesso.

O que provavelmente
não acontece quando utilizado o poder de convencimento em questões cujas
explicações mais profundas são sanadas por teses ou formatos objetivos de
esclarecimentos. Entretanto, como nem tudo é passível de ser comprovado
realisticamente, o desgaste do professor é tão maior quanto utilizar o poder de
persuasão.

Nestes dois
casos incorre o risco de retornarmos ao ponto arcaico e desagradável do
autoritarismo imposto pelo professor – ‘É
assim porque é assim!’ ou ‘É assim
porque assim sempre deu certo!’ - tendendo ao desagaste e ao autoritarismo
pelo esgotamento de argumentos possíveis de explicações. Consequentemente
aguçando a falta de interesse do copo discente pelo assunto exposto,
prejudicando em curto prazo seu aprendizado.

Refutação das Objeções

Os
professores fazem parte de outra geração (X – década de 60 a 70) e muitos deles
não foram adequados a acompanhar essas mudanças. Acabam por discriminar e
rotular essa geração por conta de sua linguagem, aparência, gostos musicais,
mas esquecem de que a personalidade deles é de busca, conquista, descoberta,
liderança e, desaprendem e utilizar todo o potencial desses novos jovens à seu
próprio favor.

Gerações
‘antigas’ vão ficando defasadas e os professores não são reciclados senão por
interesse próprio e, estudos e pesquisas de iniciativa próprias, com seu custo
e tempo próprios (investimento pessoal, desenvolvimento profissional).

Reforço da Tese

O fato é que
mais claramente vão se destacando no corpo docente aqueles que se interessam e
se doam pelo exercício próprio da profissão de lecionar. Esses se aprofundam e
pesquisam melhores maneiras de conseguir atrair a atenção e o interesse dessa
geração dita ‘complicada’ de entendimento mais fácil de ‘dominar’ quando o
assunto percorre o trajeto adequado da comunicação, onde o emissor transmite a
mensagem, o receptor decodifica-a e volta com o feedback para o emissor, fechando o ciclo de comunicação perfeito e
satisfatório.

Assim, com
interesse de ambas as partes, o corpo docente consegue transitar entre o limiar
da persuasão e do convencimento tão sutilmente e ainda conquistar o interesse e
o feedback dos alunos, sem necessitar
de utilizar de autoritarismo radial e arcaico, tão rejeitado nas salas de aula,
principalmente em se tratando de ensino superior.



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