Marxismo
(Henri Lefebvre)
Tendo como concepção de mundo uma visão de conjunto da natureza e do homem, que implica uma ação e não se trata da obra de um único pensador, mas sim da expressão de uma época, temos apenas três. A primeira, concepção cristã, define-se por uma teoria de hierarquia de seres vivos, valores e pessoas, na qual se encontra no topo o Ser Supremo, Deus. Mais visível na Idade Média, ficou conhecida por concepção medieval, porém é válida até hoje. Com o declínio da Idade Média, no século XVI, surge outra concepção, na qual a hierarquia dá lugar ao indivíduo: a concepção individualista. Corresponde à visão burguesa do mundo, ao liberalismo e a uma teoria otimista de harmonia entre o homem e a natureza. Analisando as contradições da sociedade moderna – afinal, verifica-se contradições no homem e na sociedade, no qual o interesse individual pode opor-se ao interesse comum, e a inexistência de uma harmonia entre o homem e a natureza, já que este luta contra ela e tem a necessidade de dominá-la – surge então o marxismo como uma expressão da vida social, prática e real, uma concepção que não estabelece uma hierarquia nem se encerra na consciência do indivíduo isoladamente. Antes, toma conhecimento de realidades naturais, práticas, sociais e históricas. Lefebvre resume o marxismo de maneira clara e fácil, segundo a concepção do próprio Marx, expondo suas ideias centrais.
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