A vida na escola e a escola da vida
(Claudius Ceccon; Miguel Darcy de Oliveira; Rosiska Darcy de Oliveira)
A
exclusão escolar é um problema tão grave quanto a escolar social no Brasil. É desse assunto que Claudius Ceccon, Miguel
Darcy de Oliveira e Rosiska Darcy de Oliveira, tratam no livro A vida na escola e a escola da vida. De
uma forma bastante simples, com uma linguagem clara e agradável, os autores
discorrem sobre as inúmeras possibilidades de culpa no caso da exclusão
escolar. Ilustrado de forma criativa e bem humorada, o livro é um retrato fiel
em diversas dimensões de um problema grave e atual, sem deixar de apresentar
também análises e soluções.
Cada
situação é analisada pelos autores e para cada uma delas, eles propõem um olhar
diferenciado. Durante a leitura do livro, a educação começa a ser mais
transparente para o leitor. Os problemas também vão sendo observados por um
ângulo diferente. Mesmo ampliando as possibilidades do fracasso, os autores
mostram novos rumos a serem tomados pelos educadores.
Logo no
início, o leitor se depara com a insatisfação da sociedade com a educação
brasileira. Como diante de qualquer problema, a primeira iniciativa é partir em
busca de vítimas e culpados. Durante a leitura vítimas e culpados alternam seus
papéis. E podem ser estudados de acordo com a realidade. Assim se alternam a
vida na escola e a escola da vida.
Vários
são os fatores que contribuem para o fracasso do sistema público de ensino
brasileiro. Ao lado da apresentação das insatisfações presentes, estão também
as acusações que partem de todos os lados. Os autores parecem querer dizer que
nem todos procuram em seus próprios comportamentos um pouco dos motivos da
exclusão escolar.
A troca
de acusações, aliada às insatisfações múltiplas são fatores presente no sistema
educacional. Pais, alunos e professores munem-se de preocupações e acusações.
No final, o problema continua presente e, aparentemente, sem solução.
Ao expor as queixas, os autores expõem também as falhas
vistas de lados opostos. Com cada um quer sempre estar com a razão, não existe
possibilidade de mudança e, consequentemente, de melhoria.
Entre os
sentimentos expostos no livro estão a preocupação dos pais, a frustração dos
educadores e a falta de integração dos alunos. Cada um desses sentimentos
carrega uma carga de problemas originados no comportamento coletivo, cultural e
social de todos. A falta de lógica do conteúdo é um dos problemas mais sérios
citados pelos alunos.
Não só
de acusações é feito o livro. Os autores preocupam-se também em oferecer
propostas que visem a alterar o atual quadro educacional. Ao encarar de forma
simples e prática o processo educacional, todos os participantes podem promover
mudanças para melhorar o aprendizado. A solução está bem perto de nós. O
trabalho deve ser conjunto. Basta respeitar as diferenças de cada um, seja da
escola, dos pais e dos professores. Para que todos possam ter chances iguais, é
preciso que sejam vistos de forma individualizada. No final, o livro A vida na escola e a escola da vida consegue desmistificar a culpa de
todos os participantes e, ao mesmo tempo, lançar as responsabilidades sobre
cada pelo sucesso no processo educador no país.
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