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As Cartas Persas
(Montesquieu)

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As
Cartas Persas


Desde a
morte de Luis XIV (1715) uma reação contra o passado se avoluma.
Numerosas idéias em gestação desde a disputa entre Antigos e
Modernos ganham espaço. Cada vez mais irreverentes os pensadores do
séc. XVIII denunciam os defeitos e os excessos das instituições
tradicionais. Todos os princípios que serviam de apoio à autoridade
da tradição são questionados. Isto suscita um grande números de
comentários. Sobre esta questão um pensador opina: “ a razão é
uma arma eficaz da qual nenhuma questão pode ser poupada”. Um
problema se coloca: “ de que forma a vulgarização das novas
idéias pode ser facilitada?”.
No séc.
XVII entendia-se comumente por filosofia a reflexão sobre as grandes
questões metafísicas.La Bruyére definiu o filósofo do séc. XVII
como aquele que “consome sua vida a observar os homens” e que “
usa seu espírito para desvendar os vícios e o ridículo”. No
séc.XVIII este vocábulo muda de sentido. A filosofia torna-se ,
através do uso da razão individual ,das questões de ordem social,
política, religiosa ou moral. O crítico Paul Hazard nos diz na obra
“ A Crise da Consciência Européia no séc.XVIII” que “ o
séc.XVIII começa com a ironia e termina com a revolução”. Esta
observação parece tanto mais verdadeira que Montesquieu aborda nas
Cartas Persas as questões mais sérias com o ar de brincadeira O
papa , nas Cartas Persas, torna-se “um velho ídolo que é venerado
por hábito”, o rei “um mágico” que exerce um grande poder de
encantamento sobre seus súditos. As Cartas Persas , enquanto nos
divertem, se propunham a corrigir algo de podre que carreava o reino
da França. Qualquer que seja , sabemos que o filósofo do séc.XVII
é um homem culto que desconfia das opiniões da multidão. Mais que
isso , o filósofo do séc.XVIII é um observador lúcido dos homens,
que compreende que devemos nos tolerar uns aos outros , lutar contra
as injustiças. Claramente a vulgarização das novas idéias é
facilitada pelo desenvolvimentos dos ambientes culturais , tais como
os salões, os cafés, os clubes; a difusão das obras; o gosto pelas
viagens e a curiosidade dos escritores de conhecer e observar as
instituições estrangeiras



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