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As Igrejas
(Aécio Rawlison)

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Enquanto há fome e desolação no mundo, Sua Santidade (pelo menos os anteriores, vamos ver este) distribui bênçãos e títulos nobiliárquicos, compensados com os mais pingues tributos de ouro. Canonizações custam verdadeiras fortunas aos países católicos. Para que a França conseguisse o altar para sua heroína de Domrémy, muitos milhares de francos foram arrancados à economia popular. A América do Sul ainda não conseguiu alguns santos do Vaticano, em virtude da carência de recursos financeiros à consecução de tal projeto. Enquanto o Vaticano se entende com o Quirinal (antigo palácio Papal e actual residência oficial do Presidente da Itália) sobre as mais pesadas somas de ouro, destinadas às atividades guerreiras, os padres se reúnem e falam de paz; enquanto o Papa passeia pelas ricas galerias de arte, de todos os séculos, pela vasta biblioteca...há criaturas morrendo de fome, à míngua do trabalho e de toda espécie de miséria e vicissitudes.Assim é a Igreja Romana, copiada em sua bula pontifícias e "modus operandi" pelas Igrejas Evangélicas no Brasil. E como "tal qual" criam-se templos suntuosos, majestosos, como que querendo contruir aqui uma nova Status Civitatis Vaticanæ.Inspirado pela inteligência, Leão XIII, deixou sua Rerum Novarum como alto documento político de conciliação das classes proletárias e capitalistas, Pio XI publicou a sua Quadragesimo anno, tentando estabelecer uma barreira às doutrinas novas, que vem pôr em xeque a falsa posição da Igreja Católica. Alguns países veem inspirando-se para criação de dispositivos constitucionais, aptos a manter o equilíbirio social. Todavia, importa considerar que a Igreja é impotente e suspeita para tratar dos interesses dos povos -seja qual for a Igreja. Na sua situação parasitária, não pode falar aos que trabalham e sofrem...aqueles que aprendem nas experiências mais dolorosas da vida.As portas da indústria religiosa da cruz têm que ser fechada, para que os congressos eucarísticos tenham algum valor ou importância real. Essas verdades teológicas sobre "a origem divina do poder sobre a terra", tentando reconduzir o Estado às antigas bases absolutistas e teocráticas, advindas dos escombros dos milênios, devem -no mínimo- serem revistas para que os mortos venham dar as mãos aos vivos de boa vontade.Decididamente, As Igrejas não escondem os seus propósitos de escravisar ainda mais as consciências humanas e, com seus continuados pruridos de hegemonia sobre os outros cultos, revela sua funda saudade do Santo Ofício, para algemar o pensamento dos homens às enxovias dos seus interesses.Em pleno século XXI fala-se da necessidade de se delatarem os crimes dos pais, dos esposos, dos irmãos; preconiza-se a devassa das instituições, dos lares e das consciências. Não será surpresa para ninguém se os padres católicos -e os pastores evangélicos copiarem- exumarem amanhã, das cinzas da Idade Média para os dias de hoje, o cérebre Livro das Taxas, do tempo de Leão X, em que todos os preços do perdão para crimes humanos estão estipulados. A evolução dos códigos políticos da Améria do Sul deveriam merecer mais respeito por parte dos elementos que se acham sob ordens tanto do Vaticano como os de outras igrejas ditas cristãs/evangélicas.Tentar aliar o direito divino às obrigações políticas, depois de tantas conquistas sociais da República, seria uma infantilidade, se não representasse algo perigoso para os próprios códigos de natureza política no país.Nenhum culto, que se prenda a DEUS pela devoção e por determinados deveres religiosos, tem o direito de interferir nos movimentos transitórios do Estado, como este último não tem o direito de intervir na vida privada da personalidade, em matéria de gosto, de sentimento e de consciência, segundo as velhas fórmulas do liberalismo. Há muito tempo, os fenômenos do progresso político dos povos proscreveram essas nefastas influências religiosas sobre a política administrativa das coletividades.Segundo as próprias escrituras, Cristo já asseverava: "À Cesar o que de Cesar e à Deus o que é de Deus!"Mas a Igreja Católica jamais ocultou a preferência pela amizade de Cesar (nem a Romana e nem a Evangélica).Amiga dos poderosos, em todos os tempos, bastilha do pensamento livre da humanidade que tentou a civilização cristã -de fato-, é talvez, por esse motivo, que a Igreja, pela voz dos seus teólogos mais eminentes (e alguns nem perto disso), procurou sempre revestir o poder transitório dos felizes na Terra com caráter de divindde. Batida pela demagogia céticade de todos os filósofos e cientistas que seguiram no luminoso caminho das concepções liberais, retirada da sua posição de opressora para se transformar em instrumento humilde de outros opressores das criaturas humanas, a Igreja, na sua assombrosa capacidade de adptação, esperou pacientemente outra oportunidades para a reaquisição dos seus poderes e de suas tiranias, e as encontrou dentro da mística do Estado totalitário.



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