Fascismo à Brasileira
(Leandro Dias - Pragmatismo Político)
A origem do fascismo está ligada ao empobrecimento das classes altas e medias, e raramente essa ideologia dominou as cabeças dos menos abastados. Democracia liberal em crise: é este o argumento usado pelos fascistas para exigir mudanças. Todas as vezes que o "Perigo Vermelho" do comunismo "se aproximava", as elites temiam pela sua perda de status social e poder econômico. Os movimentos fascistas europeus ao longos dos anos de 1910, 20 e 30 foram marcados pela violência, perseguição, autoritarismo e a imposição da ideologia fascista, culminando no episódio mais conhecido como holocausto dos judeus. Isto tudo nos parece um pouco familiar no Brasil atualmente. Leandro Dias, Colunista no site Pragmatismo político nos alerta em seu artigo Fascismo à brasileira para o fato de que os sentimentos anti-republicanos, aqueles baseados no nepotismo, corrupção, troca de favores e todo esse blá-blá-blá da época do antigo regime tem sido tão frequentes que as elites não estão nem mesmo se dando ao trabalho de disfarçá-los. Sabemos que a política no Brasil não está caminhando "às mil maravilhas". Ocorre que os discursos das elites tem se mostrado cada vez mais violentos, racistas e baseados na nessa lógica fascista. Jair Bolsonaro, Rachel Sherazade, Marco Feliciano, entre outros, nenhum deles hoje têm o menor pudor em assumir seu discurso fascista, aquele que determina "Quem manda, como manda, porque manda!". Eles apenas se tornam personagens patéticos pelo fato de suas máscaras conterem oríficios pelos quais podemos ver quem realmente são, o que pensam e querem. Ineficazes na arte da dissimulação. Nem isso! O fascismo surgia em extremas condições de sobrevivência na Europa, no início do século passado, permeado por crises financeiras, principalmente a quebra das bolsas em 1929, além das guerras. O Brasil contemporâneo nunca vivenciou uma pequena parcela das calamidades, mazelas e catástofres européias. Então qual é o problema? Parece que o problema dos fascistas é ver que os "subalternos" podem comprar carros, fazer viagens de avião, entrar para uma faculdade ou até mesmo fazer seus "rolezinhos". Aquela expressão que sempre foi usada para se referir ao proletariado, "em seu lugar", parece ter saído do lugar. O miserável de ontem está cada vez mais classe média de hoje, e a classe média se descobre mais pobre perto dos cada vez menos ricos. Uma parte da elite, por alguma razão, parece ter nascido na época errada. Encontrar indivíduos que vivem no século 21 com a mentalidade da Idade Média não é tão incomum, em qualquer cultura que povoe este planeta. Resta-nos ir parafraseando, bebendo da fonte de Gilberto Gil: "Oh Tempo Rei! Transformai as velhas formas do viver...".
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