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Inflação está cega, surda e estridente
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Desde abril de 2013 o Banco Central já subiu os juros em 3,75 pontos percentuais. Em condições normais de temperatura e pressão, numa economia minimamente equilibrada, a inflação dos preços livres já teria se rendido. O IPCA de março, de 0,92%, mostra que a inflação brasileira está cega, surda e estridente. Pode-se argumentar que o aumento do mês passado se deu em função do “choque” de preços de alimentos, causado por problemas climáticos que afetaram a produção. Então, o abacaxi não seria o aumento de agora em si, mas a trajetória que a inflação vem percorrendo nos últimos anos, sem um furo a mais no cinto para acomodar o “peso” extra. Mesmo antes do clima atrapalhar os preços dos alimentos, a inflação não vinha reagindo aos aumentos de juros sucessivos na taxa de juros, promovidos pelo Banco Central. As expectativas para o IPCA de 2014 vêm passando por ajustes para cima pelo menos nos últimos seis meses. Pode-se argumentar que a alta do dólar no período foi responsável pela pressão maior dos preços. Mas, diferentemente dos desafios climáticos, a elevação da moeda americana já era esperada, em alguma medida. Não há chance do BC não ter contemplado a mudança na economia americana, que foi o gatilho para o reação do dólar diante das outras moedas no mundo. Diante desse cenário, pergunta-se: será que o BC vai conseguir parar de subir os juros, possibilidade que sinalizou na última reunião do Copom? Os juros estão agora em 11%, mais altos do que quando o presidente Lula deixou o governo. A resposta é outra pergunta: quem sabe? Até agora, os diretores que compõem o Comitê não estavam seguros de que encarecer mais o dinheiro seria a solução. Diante desse IPCA mais forte, ele vai ser pressionado a deixar bem claro como vai reagir a tudo isso. Se não for com juros, com o que será então? Um corte maior de gastos? Mais intervenção no câmbio para evitar repasses do dólar para os preços? A balança do Copom vai pesar os custos e os benefícios de seguir apertando o torniquete. Mesmo subindo os juros há um ano, os benefícios para inflação nem deram as caras. Dos custos já temos notícias: se tem alguém que já reagiu ao aumento de juros foi o crescimento da economia, que vem minguando e ainda lida com a queda nas previsões para este ano.



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