O lixo foi presenteado
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Ir á casa de minha vó é uma experiência
sangrenta. A quantidade de muriçocas (ou borrachudos) é maior que o número de habitantes
deste planeta! E não é exagero meu.
Até que um dia cheguei perto da
vó e perguntei:
- Vó, quando a senhora vai
comprar um ventilador? Passei a noite doando sangue pras muriçocas!
- Minha filha, quando me der a
coragem e for começo do mês, dou um jeito de ir na rua(centro da cidade)
comprar um.- Respondeu minha avó.
-Tá. Mas não vá sozinha não.-
Respondi.
E assim sendo, um dia qualquer tornei a visitar minha avó. Estávamos sentadas na calçada admirando os
passantes do fim da tarde, quando lembrei-me de perguntar pelo tal prometido
ventilador.
- Vó? Cadê? A senhora comprou
mesmo o ventilador? -Perguntei.
- Menina, diz aí. Fui à rua um
dia desses e comprei o ventilador junto com outras coisas. Quando eu estava
chegando em casa, abri o portão e a Catita (cadela da vó) danou-se a sair correndo
portão a fora. Deixei o saco com as compras dentro no pé da calçada e corri atrás
dela. Quando voltei tangendo a bicha pra dentro, o saco não estava mais no
canto. Aí gritei pra vizinha: -Joana, tu viu um saco da loja de eletro que
deixei aqui na calçada? E a criatura respondeu que tudo que era de saco o
caminhão do lixo havia levado.
Passei a rir de tal
acontecimento, e quanto as muriçocas foi o jeito passar mais uma noite sendo
picada. E quanto ao ventilador, jamais deixe suas sacolas na calçada em dia de
lixo.
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