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Sente-se culpada por darraspanetes ao seu filho? Por lhe dar palmadas? Por chegar tarde a casa? Por nãobrincar com ele tanto quanto gostaria? Se sim, não é a única, e, pode relaxar,porque a culpa “nem sempre é sua”. Quem o garante é Sónia Morais Santos, nolivro A culpa não é sempreda mãe, lançado na Fnac do Colombo, em Lisboa.O livro “A culpa não é sempre da mãe”demonstra que as mães não são, nem têm de ser perfeitas e, de certa forma,resgatá-las deste sentimento “por vezes tão violento”.Atualmente, os pais estão cadavez mais envolvidos na vida dos filhos, e essa atitude generalizada liberta-osde “qualquer culpa que pudessem sentir”.Então porque sentem as mãestanta culpa? Porque os filhos são, atualmente, considerados “algo precioso”, oque fomenta a tendência dos pais quererem “dar-lhes tudo” e aumenta o stress emque vivem. “Se tivéssemos 14 filhos, como antigamente, não conseguiríamos, poruma questão de sobrevivência e sanidade mental, estar tão obsessivamentecentrados em todos”.Para a jornalista, “as mulheresquerem à força ser bem vistas pelas outras mulheres”, o que faz com que olhem para a maternidade como uma “competição”. Até porque a maternidade é, paramuitas mulheres, “um grande fator de validação”. “Algumas parecem ainda sósentir a verdadeira realização através da maternidade. E, por isso, ser melhorque a do lado é importante”, explica.Muitas mulheres depois de daremà luz, tornam os filhos a única prioridade da sua vida, remetendo os maridos aoesquecimento, o que faz com que muitos casamentos comecem a dar para o tortodepois da maternidade. Para Sónia Morais Santos ofundamental é “continuar o romance”, por isso propõe a todos os casais queestejam a passar por esta situação:– Jantar fora a dois (se nãohouver dinheiro para jantar fora, pedir a uma avó ou amiga para ficar com acriança e jantar em casa, a dois)”;– Continuar a fazer surpresasao outro;– Reservar pequenos momentospara os dois: um almoço, um café, uma noitada;
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