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Conto: Bar e Lanchonete Zero Hora
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Há muito tempo, no Rio de Janeiro,
na rua Maria Quitéria, Copacabana, existiu -ou existe- um barzinho
chamado "Bar Esperança"(foi tema de um filme com o mesmo nome: "Bar
Esperança, o último que fecha", com Silvia Bandeira Hugo Carvana e
elenco global). A exemplo dele, temos, aqui em Manaus, na Rua José Paranaguá, nº 270-A, esquina com a Joaquim Nabuco, no centro da
cidade, o Bar e Lanchonete "Zero Hora", que também é o último que fecha
-e o 1º que abre. Não
sei quanto tempo ele existe, mas seu dono, conhecido como Araújo, mais
seu irmão João e sobrinhos Mike e Frank, zelam pelo excelente
atendimento local. Ali
se reúnem -como no do filme- latinos e brasileiros, professores
universitários, militares, poliglotas, empresários...enfim, a nata dos
intelectuais, dos pé-rapados, pinguços e prostitutas...mas sem que com
isso hajam roubos, furtos ou confusões. Todos bebem civilizadamente -e
como bebem, putz!!Às sete da manhã já está aberto, e só vai fechar de meia noite em diante. Foi
nesse ambiente que conheci Pérola, uma venezuelana linda. Mulata de
1,73, cabelos longos e negros como seus olhos, lábios carnudos e
vermelhos como morangos...uma mulher linda e sensual. Ela pediu uma
cerveja em lata e sentou-se perto de onde eu estava, do lado de fora do
bar. Pediu apenas uma cadeira e sentou-se sem se importar com quem
estava ao seu redor.Naquele
instante eu conversava com Jose Ramon, um venezuelano, que se enxeriu
com ela, apresentando-se e apresentando a mim também -coisa que, naquele
momento, ela não gostou nem um pouco, e fechou-se em copas. Ramon,
como eu o chamava, ainda insistiu para que eu engatasse conversa com
ela, mas eu via a impossibilidade, pois ela não dava margem, sequer
olhava pra nós. Então não quis! Eu havia reparado que ela estava triste,
mais o fato de ter sentado distante dos demais, me deu a entender que
estava com problemas e queria ficar sozinha. Respeitei isso! Quando
Ramon, finalmente, se deu por vencido e se foi, ela simplesmente puxou
conversa (óbvio, que até aquele momento, ela era alvo de todos os
olhares e convites masculinos para que sentasse e bebesse alguma coisa
com alguém), o que eu aceitei de bom grado. Afinal, uma maravilha
daquela massageia o ego de qualquer defunto, imagine o meu! Ficamos
conversando até tarde. Divagamos por diversos assuntos até que ela
resolveu contar o motivo de sua tristeza: seu filho saíra de moto e fora
atropelado por um caminhão. Isso havia acontecido em 2012, mas ela só
ficou sabendo em 2014, quando retornou ao Brasil. No
afã da narrativa, ela misturava espanhol, italiano, portunhol,
português...um mexido de idiomas que ficava extremamente sensual naquele
sotaque latino, e muito, mas muito atraente naquela mulher. Em
dado momento, sentindo-se incomodada com os olhares insistentes
(deveriam acha que ela era garota de programa, afinal, ali, também
bebiam algumas dessa garotas), ela resolveu que iria beber em outro
lugar, mais vazio. Pediu que eu pagasse as cervejas (duas latinhas) e me
convidou para acompanhá-la. Fomos pra outro bar mais abaixo uns vinte
metros. Ela compro cigarros, pois reparou que eu fumava, mas viu que eu
não acendera nenhum na última hora, pagou seis cervejas adiantadas
(bebemos oito e duas doses de vodka, cada um) e ficamos conversando até
altas horas. Terminada a bebida, saímos em direção a outra rua pra que
ela pegasse um táxi. Mas ela parou, de repente, e me disse que queria ir
pra casa. Queria terminar a noite comigo. Pirei! Subimos novamente a
rua, desta vez em direção à um hotel -e teríamos que passar em frentes
aos bares onde bebemos- e a situação se complicou, porque, aí, os machos
alfa tiveram a confirmação que queriam: era garota de programa, sim!
Mas não, não era. Nós dormimos juntos, no mesmo quarto e na mesma cama, abraçados, corpos
colados, em conchinha...mas não aconteceu nada. Ela não era garota de
programa! Dormimos como dois irmãos. O por quê? Ela estava triste,
carente e bêbada. Respeitei isso. Fui, apenas, cavalheiro!



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