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Anti-angiogénese: tornar o cancro vulnerável ao sistema imunitário.
(Griffioen)

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A capacidade de defesa do cancro contra o sistema imunitário do próprio organismo que o abriga tem sido, ao longo das últimas décadas, alvo de estudo. Entender esta propriedade poderá abrir caminhos a propostas de terapia inovadoras, com alvo a reversão da capacidade imunitária do organismo no combate ao cancro. O sistema imunitário é constituído por células especiais que patrulham e vasculham todo o organismo, em busca de alvos moleculares estranhos ao organismo como células hospedeiras infectadas por vírus, células geneticamente alteradas e patogéneos, eliminando-os. As células tumorais são células geneticamente modificadas, isto é, o seu genoma abrange variadas mutações que lhes confere um fenótipo diferente das células normais, sendo alvo da eficaz e quase infalível capacidade de reconhecimento e eliminação por parte das células do sistema imunitário. No entanto, o tumor continua a crescer, passando despercebido à incansável vigilância imunitária. A resposta para este efeito é a angiogénese tumoral - processo de formação de novos vasos sanguíneos a partir de vasos pré-existentes - que é essencial na sobrevivência e crescimento do tumor visto o abastecimento sanguíneo (oxigénio, nutrientes, remoção de metabolitos) ser obrigatório para o crescimento das células. A angiogénese parece possuir mecanismos que indiciam a supressão da actividade imune, como é exemplo a baixa expressão de moléculas de adesão nas células endoteliais.: ICAM-1 e VCAM-1 ( molécula de adesão de extrema importância na extravasão dos leucócitos para o tecido) VCAM-1 e E-selectina ( molécula responsável pela redução da velocidade de migração de leucócitos aquando aproximação destes ao local de combate). A reduzida expressão de moléculas de adesão levam ao bloqueio do acesso dos leucócitos ao tumor: as paredes dos vasos sanguíneos que circundam este passam a assumir uma propriedade anti-aderente, impedindo a interacção leucócito-células endoteliais. Este fenómeno provém da exposição das células endoteliais tumorais a factores de crescimento angiogénicos, como VEGF e bFGF, produzidos pelas células tumorais. Dito isto, a inibição da angiogénese seria uma boa proposta para reverter a condição anergética das células endoteliais tumorais de forma a aumentar a vulnerabilidade dos tumores ao sistema imunitário. Em inibidores como endoestatina e alguns compostos quimioterapêuticos, com alvo a angiogénese, observa-se a normalização da expressão génica de moléculas de adesão no endotélio que vasculariza o tumor, com consequente aumento da capacidade de resposta imunitária anti-tumoral.



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