Porque que o mel não se estraga?
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Apesar do seu sabor divinal, cor espantosa e fabrico fascinante, o mel contém, em si, propriedades que o fazem ser dos únicos alimentos, que depois de se encontrar comestível não se estraga. Mas porque? O mel possui um vasto leque de propriedades medicinais que desde os Antigos até a idade contemporânea, têm sido alvo de inúmeros estudos. Herótodo - geógrafo e famoso historiador grego, relatou a possibilidade de os babilónios enterravam o seu povo em mel, inclusive Alexandre, o Grande. De evidenciar que o mel mais antigo foi descoberto na Georgia e remonta mais de 5.000 anos. Quimicamente... O mel, acima de tudo, é glicose. Embora não seja sinónimo do açúcar convencional, ainda é açúcar e como tal são higroscópicos, isto é, não contém muito líquido no seu estado natural. E como todos sabemos são poucos os organismos que conseguem viver num meio com baixa humidade. Tendo em consideração que os alimentos se estragam devido à presença de bactérias e fungos, com a ausência destes significa que não têm oportunidade de estragá-lo. Outro espeto que define e distingue o mel de outros glícidos é o seu pH ácido, entre 3 e 4,5, o que também constitui um entrave à sua colonização. Papel das abelhas... A produção de abelhas pode ser considerado, por muitos, nojenta e para os que desconhecem poderá originar sentimentos de repugnância. As abelhas vomitam, literalmente, para o mel que estão a produzir. O estômago das abelhas contém uma enzima, denominada de glicose oxidase, que é adicionado ao mel. Por fim a enzima e o néctar misturam-se formando ácido glucónico e peróxido de hidrogénio. Por fim, a etapa complementar para assegurar a longa longevidade do mel é armazená-lo num local fresco e seco, pois, embora não seja composto por água não significa que, este, não a possa absorver, diminuindo o seu prazo vital.
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