Pequeno infinito
(Amauri Nolasco Sanches Junior)
“A dor é para ser
sentida” assim é uma das frases do filme baseado no livro de John
Green “A Culpa das Estrelas”, que diria, foi uma historia dentro
de uma historia. Mais do que uma historia triste de um casal com
câncer, é uma realidade dentro de uma ficção, um chamado a algo
além das coisas que chamamos realidade. A mocinha lê um livro que
empresta ao seu novo amigo, mesmo sendo afixonado por coisas do tipo
zumbi, games e tal, ele gosta. Mas ele teve um significado, a dor
deve ser sentida em todos os sentidos e em toda força, como a
alegria, como a tristeza, como o amor que foi vivido muito bem entre
os dois.
Não é um romance
dentro de uma historia, é uma historia dentro de um romance que
conta com um amor, mas um amor de verdade, um amor vivido e não
interessa muito se vai ter futuro ou não, os dois já estavam
condenados. Mas Hezel simplesmente ganha uma nova visão do mundo e
de tudo que passou, a doença é só uma pesquena fração daquilo
que pode ser muito maior, não se entregar, mas dizer para si mesmo
que por mais que somos bilhões ainda sim somos um. Ela agradece
Augustus pelo pequeno infinito deles, só deles, só aquele infinito
que pode ser eterno e quando passa, é apenas uma lembrança. Ensina
que o amor é muito mais do que sexo, é muito mais do que balada, é
muito mais do que concebemos como importante, pois o importante é
está ali de olhos fechados vivendo aquele infinito que todos querem
viver, mas não conseguem porque só enxergam o amanha. Na sua
essência, o infinito deles eram os dias numerados que viviam, que
sonhavam e fizeram acontecer.
O filme é muito mais a
realidade, é uma constatação que tudo é um infinito dentro de
nossos finitos sendo vividos. Viver é uma arte concebida por poucos,
por infinitas maneiras mas na essência, é o mundo que vivemos.
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