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Novos avanços:evitar transmissão de HIV da mãe infetada para a criança
(Yegor Voronin; Lynne M. Mofenson; Coleen K. Cunningham; Mary G. Fowler; Pontiano Kaleebu; Elizabeth J. McFarland; Jeffrey T. Safrit; Barney S. Graham; William Snow)

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A infeção pelo vírus HIV, Vírus da Imunodeficiência Humana, é
consequência de relações sexuais desprotegidas (transmissão através do sémen,
fluído pré-ejaculatório, lubrificação vaginal), sangue (partilha de seringas
contaminadas, por exemplo), gravidez (transferência através da placenta) e
amamentação quando a progenitora é portadora do vírus. HIV infeta as células do
nosso sistema imunitário, responsável pela proteção do nosso organismo, levando
à deterioração progressivo da atividade imune e consequente desenvolvimento de
infeções oportunistas e cancros.



Durante a gravidez, a progenitora transfere para o seu feto, através da
placenta, anticorpos maternos que são essenciais na proteção do feto contra
agentes infeciosos (vírus, bactérias, fungos, helmitas) responsáveis por
patologias que podem ser letais. Esta transferência é de importância extrema na
defesa do feto, visto este não ter maturidade imunológica suficiente para se
defender de forma autónoma, isto é, para desencadear e regular respostas imunes
perante um agente infecioso. A transferência de anticorpos contínua após o
nascimento da criança durante a amamentação, através do leite materno que
providencia, ainda, nutrientes que são inacessíveis de outra forma sem ser
através da amamentação.



Uma mãe infetada possui, no seu soro, anticorpos para o HIV, no entanto, estes não são
suficientes para evitar a infeção durante o parto e amamentação. O risco de
transmissão do vírus da mãe para a criança, durante a amamentação prolongada,
pode chegar a 40 – 50%. A profilaxia antirretroviral (ARV), uma medida clínica
que consiste no uso de fármacos antirretrovirais que inibem o crescimento do
vírus HIV prevenindo a infeção e progressão da doença, nos recém-nascidos é um
procedimento que diminui este risco. No entanto, a melhor forma de evitar a
infeção da criança é a identificação da infeção com HIV da mãe, numa fase
precoce da gravidez, e iniciação de uma terapia com ARV. Estudos revelam que o
começo de uma terapia com ARV treze semanas ou mais antes do parto aumenta significativamente
o risco de transmitir o vírus à criança.



Apesar da grande evolução científica na prevenção da transmissão de HIV
da mãe para a criança, que tem tornado rara a infeção pediátrica em países
desenvolvidos, a transmissão materna do vírus HIV em países com poucos recursos
continua um grande problema. Começando pela baixa acessibilidade a cuidados
médicos e a necessidade de aumentar o tempo de amamentação para cerca de 12
meses, em mães infetadas com HIV, segundo a recomendação de WHO (World Health Organization). A amamentação
prolongada é uma forma de aumentar a possibilidade de sobrevivência da criança,
visto a nutrição nesses países ser insuficiente e as fórmulas nutritivas que
substituam o leite materno, comercializados em países desenvolvidos, serem praticamente
inexistentes. Estudos recentes sugerem que o desmame antes dos 18 meses está
associado a um aumento da morbidez e mortalidade das crianças expostas ao HIV e
que a terapia com ARV durante a amamentação reduz mas não elimina o risco da
transmissão. A profilaxia antirretroviral tem baixa adesão devido à necessidade
do fármaco ser administrado diariamente.



Em 2012 foram relatados 260 000
novos casos de infeção pediátrica com HIV, a nível mundial, e apenas a
intervenção terapêutica com ARV deverá dificultar muito as metas estabelecidas
pela UNAIDS para 2015.



As novas tecnologias, nomeadamente a técnica do DNA recombinante, têm
permitido a descoberta de novos anticorpos específicos, mais precisamente
anticorpos monoclonais, para o HIV com possibilidade de ser utilizados
clinicamente para o tratamento e prevenção da infeção. O objetivo é a
administração passiva do anticorpo monoclonal às crianças, imediatamente após o
parto, de forma a prevenir a transmissão através do leite materno. Alguns
destes anticorpos estão em desenvolvimento clínico e representam-se como
excelentes alternativas à terapia antirretroviral visto resolverem alguns problemas
como: baixa adesão, uma vez que não requerem a administração diária (tempo
médio de vida é de 12-24 dias), e maior segurança. A combinação de vários
anticorpos também pode ser uma alternativa eficaz e potente no combate contra o
HIV.Artigo: HIV Monoclonal Antibodies: A New Opportunity to Further Reduce Mother-to-Child HIV Transmission, Yegor Veronin et al. (Abril 2014)



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