Draculia
(Pedro Gabriel Monteiro Aranão)
Recentemente
foi anunciado que o filme do Drácula estaria em cartaz muito em breve em todo
mundo. Devo admitir que eu fiquei muito feliz e não esperava a hora de poder
assistir, a principio, seu trailer. Quando o mesmo fora lançado, ao terminar de
assisti-lo, minha empolgação diminuiu um pouco, pois era um filme sobre Drácula
melhor do que os outros que assisti, entretanto, parece não mostrar aquilo que
procuro em um filme do mesmo vampiro.
A
história conta sobre como Vlad se tornou o primeiro vampiro imortal para poder
salvar aqueles que ele ama, se eternizando futuramente como o poderoso demônio.
A ideia é boa, um pouco clichê, mas boa. Acho que teve muito sentimento
positivo para um filme que fala basicamente do monstro mais poderoso das trevas
e acaba desperdiçando uma excelente oportunidade de trazer a versão definitiva
para as telas do cinema sobre o rei dos vampiros.
Sua
história original é uma obra do irlandês Bram Stoker que nos apresenta em 1897
como o poderoso vampiro se tornou mundialmente conhecido e admirado por muitos
fãs ate hoje. Entretanto, Drácula é uma personagem tão completa, mas tão
completa, que se permite fazer pequenas alterações sobre como este vampiro é.
Alguns preferem o jeito mais romântico da versão, mas eu sou um grande
admirador de um Drácula mais violento, estrategista, sarcástico e que pelas
suas ações egoístas consegue salvar uma cidade, um país ou ate o mundo mesmo. Para
mim o Drácula tem que transbordar poder e mostrar que é sem sombra de dúvida a
criação mais perfeita do diabo, perdoem-me os religiosos. Um vampiro que não
possui uma fraqueza sequer: Coisas como alho, prata, luz solar ou ate mesmo a
necessidade de sangue, são coisas fúteis perto do poder deste poderoso imortal.
Percebam que a minha visão de Drácula beira entre o vampirismo e o demoníaco de
forma singela, mas que faz sentido para um ser que carrega tal nome.
No
filme que virá a estrear, o ator escolhido – Luke Evans – realmente foi uma
ótima escolha: ele possui muito dos traços apresentados por todas as mídias que
uma hora decidiram falar sobre a criatura em questão. O ator, que já
interpretou o onipotente Zeus no filme “Imortais”, possui tudo para salvar o
filme de um desastroso romance comum. Então por que prevejo eu que este filme
não será bem recebido pelos fãs? Por que já existe um novo Drácula e seu nome
é: Alucard.
Hellsing:
A história definitiva de como a família de mesmo nome se aliou e desenvolveu o
vampiro mais poderoso de todos. No anime, dividido em 10 OVA’s, vemos como um
verdadeiro deve se comportar: Alucard é carismático, bem apresentado aos fãs,
poderoso e acima de tudo: desbanca qualquer vampiro que exista, já existiu ou
virá a existir.
Fiquei
ansioso para que o novo filme bebesse da mesma fonte, mas infelizmente não:
Acredito que irei encontrar um vampiro muito mais “bonzinho” que possui ideias
e desejo de proteger, enquanto o verdadeiro vampiro não precisa de motivos nem
para existir: ele apenas é o que é e nós o amamos por isso.
Acredito
que este tipo de filme seja mais do que perfeito para usar e abusar dos efeitos
especiais, pois é uma obra que necessita do surreal, na verdade, quanto mais
surreal melhor. Quero ver um filme que coloque um imortal contra 10 milhões de
inimigos. Não tem problema que seja impossível, pois o Drácula derrota o
impossível, ele é um vampiro oras. O Rei dos vampiros. Que venham as
transformações em lobos, morcegos e demônios, os olhos vermelhos que mostram
toda sua fúria numa simples virada de cena. Que venha os dentes
desnecessariamente grandes que se excitam ao ver um pescoço pulsante a 100
metros de distância. Os cabelos negros, mais negros que a noite. Longos cabelos
negros que alteram seu tamanho conforme a demonstração de poder apresentada. E
as risadas, claro. O verdadeiro Drácula ri a cada ironia, sarcasmo ou momento
de vitória. Drácula ri porque sabe que não como ser derrotado, pois não existe
uma maldita alma no mundo que consiga derrotá-lo. Estaca no coração? Esqueça.
Somente o próprio Drácula pode revelar o que pode levá-lo a morte. Nem 10 anos sem
beber uma gota de sangue o mata. Somente ele sabe. E que vermelho seja sua cor
preferida: Vermelho sangue.
O
novo filme de Drácula pode ser bom, mas acredito que não chegará aos pés de
mostrar como o verdadeiro imortal é. Ele é a encarnação do mal e ainda há de
haver muita pesquisa e muito enredo para que os cineastas mostrem como ele
realmente é.
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