Por uma outra Globalização
(SANTOS; Milton)
O livro constitui uma abordagem própria do autor, que envereda pelo aspecto geográfico, mostrando as características da globalização, seus avanços, objetivos e consequências. O livro é formado por seis partes. Na primeira está a introdução; na segunda, há cinco capítulos para explicar como se processou a produção da Globalização. A terceira parte, cunha a Globalização como perversa porque se baseia na prevalência da Informação e do dinheiro. A quarta parte aborda as relações entre a economia contemporânea e o território. O autor deixa a premissa de que o espaço geográfico constitui um dos limites à globalização perversa( expressão do autor). Sugere ainda, o que pode ser a transição para uma outra Globalização. A Globalização como fábula - nessa conotação, faz-se acreditar que o mercado global seja capaz de homogenizar o planeta terra, porém, a consequência é que induz a acentuação das diferenças dos lugares. O autor expressa claramente sua crítica ao Capitalismo, no sentido de que essa ideologia almeja como objetivo avançar cada vez mais as fronteiras de países e continentes, perseguindo números cada vez maiores de adeptos e consumidores, tornando produtos descartáveis, com tempo de vida útil muito curto. Aliás, faz o mesmo efeito com as profissões, muitas delas com os dias contados, obrigando as pessoas a novas adaptações para sobreviver. A ideologia capitalista é, portanto, responsável pelo empobrecimento das massas, porque incentiva o acúmulo de bens.Além disso, poucas pessoas têm acesso a muito dinheiro, além de tecnologia e da informação que o mundo inteiro produz. Outra característica do mundo atual, em consequência do avanço tecnológico é a configuração daquilo que outrora fora considerado longínquo, agora pode se encontrar perto, tangível. Portanto, a humanidade encontra-se misturada em muitos locais do mundo. O autor expressa que a humanidade deve sempre se adaptar aos novos meios tecnológicos, sem se deixar coisificar e para isso, propõe questionamento filosófico, que exemplifica a essência do ser humano. É imprescindível manter a humanidade.
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