Resumo de O Tratado da Filosofia Teletoniana - entre balde e gelo

Com
essa onda de “banhos de balde” que secaram mais um pouco as
represas do Rio de Janeiro e São Paulo, ma fez refletir sobre as
ações altruístas que as pessoas tem e as vezes, nem todos os
casos, são apenas atitudes de marketing pessoal. Lógico que não
tem problema nenhum fazer seu marketing pessoal como escrevi um
artigo numa revista de administração, mas quando se forna algo
assistencialista e não humanitário – fortes tendencias são que
nem todas as ações são humanitárias e sim, de ordem financeira
que alimentam entidades e ONGs que se aproveitam dessas campanhas –
porque começa a pesar sobre ações da própria empresa que se é
veiculado. Quem quer realmente ajuda, vai lá na conta da Ong e
deposita o dinheiro necessário para tal. Mas nem todo mundo pensa e
nem todo mundo reflete pela ações que as pessoas realizam.

Nossa
sociedade sempre teve esse viés de assistencialista graças a
religião cristã – dizem que a igreja católica é responsável
por instituições que
cuidavam de pessoas com deficiência e outros, dizem que queimavam
como filhos do capeta, concluo que eramos queimados quando não
haviam vagas, não muito diferente de hoje – que tratam pessoas
menos favorecidas como se fossem “coitadas” e dão as coisas como
se fossem coisas importantes. Quer um exemplo? Todos pensam quem
moradores de rua não tem dentes, porque ficam dando sopa a cada
semana para eles, e nessas ações, temos que refletir. Porque isso
reflete a sociedade assistencialista onde vivemos, onde se dá uma
esmola para não ter o trabalho de dar uma vida digna a maioria, não
estou falando SÓ do governo, os empresários – esses mesmos que se
deram banho de balde com água
e gelo – insistem
em ter esse tipo de atitude e não empregam e não investem em
capacitação do seu próprio funcionalismo. Onde tem uma
universidade mantida pelo Facebook? Onde tem uma universidade mantida
pela Microsoft? Onde tem universidades mantidas pela Alcatex? E
outros que podemos citar, que torna uma ação beneficente, numa ação
de espetáculo que perde até o foco da ação.

A
filosofia Teletoniana – ela foi inaugurada pela entidade AACD para
levar sua filosofia assistencialista das pessoas com deficiência e
mostrar que dependemos deles para viver. Nos deixam horas em salas
de espera para médicos tomarem cafezinho, meses na fila para ter um
tratamento digno e as vezes, digno só no nome – diz que uma ação
não pode ser levada a ensinar e sim assistência aquelas que levados
a pobreza e as doenças (alguns insistem que deficiência é doença)
são mantidos sobre o pensamento do “coitadismo”. E
nesse “coitadismo”, que alimenta boa parte da filosofia
Teletoniana, são argumentos de boa parte da sociedade que ainda não
entende que há muito mais além do que meras ações
assistencialistas e uma delas é cobrar do governo ações para
preencher essas lacunas sociais. Ou vamos ficar só nas ações
assistencialistas e não vamos cobrar também ações para minimizar
essa doença entre outras coisas?

Enquanto
isso, a sociedade do espetáculo está cada vez mais criando meios
para seus espetáculos no mínimo ridículos, com celebridades
facebookianas e espetáculos assistencialistas dentro do momento.
Assim, vamos promover entidades que nada fazem pela causa da inclusão
de pessoas com deficiência, que fazem milhões de pessoas doarem e
aparecer na televisão dizendo ter doado. Mas
assim como essa doença, esclerose lateral amiotrófica, existe
milhões de outras que a maioria não tem dinheiro nem para começar
o tratamento e se fizemos esse tipo de ação assistencialista, não
vamos mais trabalhar. Não é egoismo, é muito melhor doar direto,
assim doamos sem querer nada em troca como acontece em muitos casos
que não são mostradas as ações.

Depende
de nós sim, mas não desperdiçando água ou se expondo para ter o
marketing pessoal que pode ser conseguido com outras atitudes e não
usar o sofrimento alheio e
nem a deficiência alheira.

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