Resumo de Todos somos responsáveis - Fernando de Sousa Pereira

Todos
somos responsáveis

“Raro é o dia em que, em qualquer
recanto da terra não seja cometida uma asneira ambiental” (Caseiro Marques)

A relação entre o meio ambiente e
o desenvolvimento não tem sido feliz. O desenvolvimento afectou frequentemente
o meio ambiente e, em resultado disso, os danos ambientais afectaram
adversamente o desenvolvimento. A industrialização trouxe consigo muitas formas
de poluição, poluição essa que está a destruir os sistemas biológicos básicos,
nos quais assenta a vida neste planeta e que demoram milhões de anos a
desenvolver-se.

Devemos, hoje mais do que nunca,
conhecer e agir com o desenvolvimento sustentável, que significa que o
crescimento económico actual não deve ocorrer de um modo que reduza a
capacidade das gerações futuras em viver bem. Para despertar e sensibilizar os
interessados na contribuição do desenvolvimento sustentável, ficarão
assinalados algumas ideias que foram alvo de conversa em Conferências Mundiais
sobre o ambiente.

Aquecimento global do clima da
Terra, solicitando para isso a moderação da libertação dos gases causadores do
efeito de estufa, que provoca também o smog, a chuva ácida, a destruição da
camada de ozono.

Na última década, o consumo de
energia disparou. Dentro de casa, com a banalização de um número crescente de
electrodomésticos, mas sobretudo, nas actividades económicas, com o sector
produtivo e os transportes na liderança.

A biodiversidade, estipulando a
protecção de espécies de plantas e animais. Em Portugal, mais de um quinto de
território encontra-se protegido por lei. Áreas protegidas e zonas de protecção
especial foram criadas para preservar lugares, habitats e espécies únicas ou de
importância reconhecida.

Rios poluídos, acarretando a
culpa ás nações desenvolvidas, principalmente as zonas mais industrializadas,
pois os resíduos industriais têm sido despejados em águas próximas e também no
ar circundante. Os pesticidas e outros químicos são os grandes causadores da
grave poluição da água nos países desenvolvidos.

Não há um único rio sem poluição,
em Portugal. Mas
aumentou, este ano, o número de estações cujas águas são consideradas
ligeiramente poluídas.

O lixo acumulado durante décadas
tornou-se num grave problema ambiental: lixeiras a céu aberto, contaminação dos
solos e lençóis de água, focos de contágio para as populações. E mais, aquilo
que consideramos lixo, pode muito bem ter utilizações várias, benéficas,
proveitosas. Em Portugal, o crescimento do lixo está a ser combatido através de
uma política para pôr fim às lixeiras e de recolha selectivas (separar o que
pode ser reutilizado ou reciclado do que é matéria orgânica ou simples lixo).

A sobrevivência da vida na terra,
tal como a conhecemos, estão ameaçadas por actividades humanas que não se
interessam pelos valores humanitários. A destruição da natureza e das fontes
naturais resulta da ignorância, da ganância e da falta de respeito pelas coisas
vivas da terra. Esta falta de respeito estende-se mesmo aos descendentes
humanos, ás gerações futuras que irão herdar um planeta amplamente degradado,
se a paz mundial não se tornar realidade e se a destruição do meio ambiente
natural prosseguir à média actual.

Muitos dos habitantes da terra, animais,
plantas, insectos e até microorganismos que sabemos raros podem não ser de todo
conhecidos pelas futuras gerações. Temos a capacidade e a responsabilidade de
agir e temos de o fazer antes que seja tarde de mais.

A situação não é agradável, mas
resta sempre uma esperança: A Natureza.

A decisão de salvar o meio
ambiente tem de vir do coração de cada um de nós.

O ponto-chave é o apelo a um
sentido genuíno de responsabilidade universal, pois o ambiente surge hoje como
o motor de uma nova dinâmica que exige uma mudança radical de atitudes e
comportamentos, quer ao nível da empresa, quer da sociedade em geral.

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