| Macacos e homens - ilusões culturais
 (Amauri Nolasco Sanches Junior)
 
 
 Há
varias imagens que constrói nosso mundo diante dos valores que nos
 são dados e diante desses mesmos valores estão os conceitos,
 pré-conceitos e os pós-conceitos. Quando vimos um animal sendo
 torturado em um video, por exemplo, nossa primeira reação é de
 indignação e começamos a xingar o agressor como se ele tivesse em
 nossa frente. Porque nossos valores são valores que ensinaram que os
 animais são indefesos – como as crianças – e merecem ser
 protegidos e que essa tortura deve ser encarada como uma “maldade”
 sem tamanho. A noção do que é maldade e o que é bondade vem dos
 valores que damos as imagens, pois uma coisa pode ser maldade para
 você e para o outro não, depende muito da subjetividade de cada
 pessoa.
 
 
 
 
 Estão
 já que essa subjetividade é fruto dos valores que são ensinados,
 elas nas maioria das vezes, sofre pequenas ilusões em alguns
 assuntos. Ninguém sabe que quando alguém é chamado de “macaco”
 ou de “aleijado” ou de “narigudo” e etc, como forma
 pejorativa, não estamos mais tratando de um preconceito, já foi
 adiante, já é um conceito construído com bases desse mesmo valores
 recebidos do mundo externo, já é um pós-conceito. Esse
 pós-conceito pode ou não ser aceito por nós, ou não ser aceito
 por nós, então vai gerar uma discussão interminável que muitas
 vezes não vai levar a nada. Muitas pessoas são chamadas de muitas
 coisas e não ligam porque sabem que não são, quem xingou recebeu
 valores ilusórios que são retratados dentro de um senso comum
 gritante. O senso comum também age com o ofendido muitas vezes – é
 logico que o ofendido tem o direito sagrado de se defender e se
 sentir ofendido – e faz uma leitura dessa imagem estereotipada que
 muitas vezes, também não é real. É uma imagem quase “vendida”
 de algo que se quer acredita, como uma informação que muitas vezes
 são imagens para gerar conceitos para vender jornal ou revista.
 
 
 
 
 
 Com
 os avanços da biologia e na ciência genética se sabe que somos
 parentes de tronco evolutivo do chipanzé e do gorila, muitos mais do
 ultimo embora, temos também muito a ver com o chipanzé. Ora, não
 viemos diretamente dos primatas, temos um tronco evolutivo dentro de
 um ancestral comum possivelmente, um pequeno mamífero junto dos
 dinossauros. Com essas descobertas podemos dizer sem medo que somos
 todos “símios” pertencente a subfamília hominoidea,
 tanto os que citei como gorilas,
 chipanzés e também os
 orangotangos e bonobos que
 remontam essa família toda. Então, em pleno seculo XXI, com todos
 esses avanços e descobertas
 cientificas – que não anulam nosso lado espiritual – ficar
 ofendido por causa de ser chamado de “macaco” é muito relativo e
 devemos refletir sobre isso mesmo que de forma velada. E chamar o
 outro de “macaco” também não seria certo, porque isso é um
 pleonasmo, você está chamando alguém daquilo que você mesmo é.
 Aliás, os negros em questão corporal, são muito mais superiores
 por causa do clima da Africa, a pigmentação da pele não deixa
 marcas e tem muito mais resistência muscular. Quem é mesmo o
 superior e o inferior? De
 repente não existe superior ou inferior, mas uma só raça humana
 que constrói dentro de si mesma, uma
 cultura dentro das imagens que sua própria consciência lê.
 
 
 
 
 
 Os
 conceitos são construídos daquilo que nós mesmos construirmos e
 nada muda através disso, muitos deles, feitos e forjados na própria
 cultura. Por seculos isso é inato em varias culturas e que o mundo
 ser o que é, são as varias
 ilusões que criamos. Mas o
 que é realidade e o que é ilusão? Descubramos...
 
 
 
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