O Grito De Jó
(Luiz José Dietrich)
O GRITO DE JÓ Obra dividida em 5 capítulos faz uma análise profunda e completamente eimparcial DO LIVRO DE JÓ. Baseando-se em fatos históricos, nos transporta para época onde podemos contextualizá-la, situando-a ao período em que o povo Judeu era explorado e escravizado pelos Persas. A estória era bem conhecida na palestina. Ela é bem mais antiga que o livro de Jô da bíblia. Dividida em duas partes, uma no início e outra no final, são como uma cena inicial e final de uma grande peça de teatro. São também como uma porta de entrada e uma de saída de um livro, mas elas não nasceram com o livro, são bem mais antigas, datam de 1000 anos a.c (Jô 1-2 e 42, 12-17). Já o os capítulos que se encontram entre as portas, 40 ao todo, escritos em versos, datam de 450 a 350 anos a.c e tratam das três rodadas de debates entre Jô e seus visitantes e a intervenção final de Deus. Contradições e diferenças entre as partes de prosa e poesia reforçam a idéia de que essas duas obras não são da mesma autoria. O Jô da prosa aceita tudo, é resignado e fiel a Deus, tem aquela paciência que virou provérbio popular. Enquanto o Jô da poesia tem uma atitude rebelde e questionadora. O texto em prosa retrata a Teologia da Retribuição: os ricos são ricos porque passaram por esta prova; os pobres são pobres porque não confiaram na justiça de Deus, são pecadores. O texto em poesia traz uma Teologia Nova: a teologia é feita não sobre a paciência, mas sobre a rebeldia de Jô; questiona profundamente a Teologia da Retribuição e nos faz refletir sobre o fato das portas terem sido juntadas ao livro. Teria sido para limitar a rebeldia e domesticar a Teologia feita a partir da rebeldia? Ou foram juntadas para que pudessem ser demolidas por essa nova espiritualidade? Fica bem claro que não é de Deus que estão falando no texto bíblico, na verdade trata-se de uma manipulação de um povo através de sua fé, com o fim de explorá-los e escraviza-los. Ë mais um registro histórico de como se oprimiam as massas para obter poder e dominá-las do que uma demonstração de fé e abnegação por conta de um homem, um homem que na verdade, não é um e sim a representação de um povo que clamava por justiça e cansou de ser explorado.
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