Macunaíma   
(Mario de Andrade)
  
Rapsódia escrita em 1926 e publicada em   1928, traz uma variedade de motivos populares que Mário de   Andrade juntou de acordo com as afinidades existentes entre eles.   Trata-se de uma espécie de coquetel do folclórico e   do popular do Brasil. Mário de Andrade mistura o maravilhoso e o   sobre-humano ao retratar as façanhas de um herói que não   apresenta rigorosos referenciais espaço-temporais ?   Macunaíma é o representante de todas as épocas e de todos os   espaços brasileiros. Macunaíma, que leva o subtítulo de   herói sem nenhum caráter, é também o nome do   personagem central, um herói ameríndio que trai e é traído,   que é preguiçoso, indolente, mas esperto e matreiro,   individualista e dúbio. Destituído da auréola idealizada dos   românticos, Macunaíma é o índio moderno, múltiplo e   contraditório. Nasce na selva, filho de uma índia tapanhumas,   fala tardiamente e só anda quando ouve o som do dinheiro. Vira   príncipe e trai o irmão Jiguê ao brincar com as cunhadas,   primeiro Sofará e depois Iriqui. Vira homem e mata a mãe,   enganado por Anhangá. Casa-se com Ci, a mãe do mato, guerreira   amazonas da tribo das Icamiabas. Macunaíma torna-se o Imperador   do Mato Virgem. Após seis meses, tem um filho. A criança morre,   transformando-se em planta do guaraná. Ci, cansada e desiludida,   vira a estrela Beta da Constelação Centauro. Antes de morrer,   porém, Ci deixa ao esposo a muiraquitã, uma pedra talismã que   lhe daria a garantia de felicidade. Mas o herói perde a pedra   que acaba nas mãos do rico comerciante peruano Venceslau Pietro   Pietra, colecionador de pedras em São Paulo. Em companhia de   seus dois irmãos ? Maanape e Jiguê ? vem para São   Paulo a fim de reconquistar a pedra, que simboliza seu próprio   ideal. Porém, Venceslau, que está disfarçado de comerciante,   é na verdade o gigante Piaimã, comedor de gente; por isso, as   investidas de Macunaíma contra ele não dão resultado. Só   depois de apelar para a macumba Macunaíma consegue derrotar o   gigante. Reconquistada a pedra, Macunaíma retorna ao Amazonas e   se deixa atrair pela Iara, perdendo definitivamente a pedra. Como   já não vê mais graça no mundo, vai para o céu, onde se   transforma em estrela da Constelação Ursa Maior, ficando   relegado ao brilho inútil das estrelas.  
 
  
 
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