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O Livro Ou A Vida
(Mercedes C. M.)

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O Livro ou a Vida
Em 1943, Jorge Semprún que militou na Resistência, foi capturado pelo nazismo e foi deportado a Buchenwald. Aquele campo de concentração foi lacrado em abril de 1945. Semprún, de origem espanhola, que era estudante de filosofia, morava na França. Durante muitos anos foi sócio do partido comunista espanhol.
Também, em seu caminho, desenvolverá uma carreira extensa como escritor em francês, o idioma adotivo dele. Em 1995, publica O Livro ou A Vida onde relaciona a experiência particular dele, no campo de concentração nazista, junto com outros eventos da sua vida.
No romance, as vivências do personagem, que é também o narrador da história, são articuladas por meio de saltos e deslocamentos no tempo e no espaço. Não só relata a experiência em Buchenwald, mas também situações, pensamentos e, as mais recentes percepções pós-cativeiro.
O passado é representado por esta memória que relaciona eventos diversos.
O texto dá conta da biografia de Semprún, de certos eventos reais que conformam sua vida, a partir dos artifícios da ficção e com a ajuda da imaginação.
Deste modo, a história pessoal é conjugada com a manifestação maior de horror coletivo pelo que aconteceu no século XX. Eu me mantenho um Levi, sobrevivente de Auschwitz, sustenta isso: O Sistema dos campos de concentração nazistas, continuam sendo... único, com magnitude e qualidade. Nunca foram extintas... tantas vidas humanas em tão pequeno tempo, com uma combinação tão lúcida de gênio tecnológico, fanatismo e crueldade.
Em O Livro ou A Vida Semprún medita sobre sua experiência e esboça os conflitos múltiplos que são apresentados ao pensar neste evento.
Semprún descreve sua experiência como a experiência da morte, porque sente que cruzou a linha da morte enquanto era prisioneiro, e que o invivível... ele viveu na morte de outros detentos.
Também, considera que experimentou o não-bem radical, uma forma do mal que é distinto de todos os que possam ser conhecidos. O não-bem radical, contanto que suponha um limite de experiência para o companheiro, põe em questão as fronteiras entre a coisa humana e a coisa inumana. Por conseguinte, nos campos de concentração o mal é manifestado de um modo absoluto, desconhecido e inconcebível para esses que não estavam lá.
Por isso, então, é muito difícil dar testemunho, as histórias dos sobreviventes não são muito acreditáveis... e nossa capacidade de compreensão é constantemente ameaçada.
Semprún escreve um romance porque os recursos literários constituem uma ferramenta fundamental para construir uma história que devolve para o verossímil... a coisa incrível. O ficcional da representação garante, só paradoxalmente, que o leitor possa capturar a dimensão do não-bem.
E, como acredita Semprún, nunca é necessário parar para falar sobre estes eventos. Apesar dos obstáculos que enfrenta, e embora nossa capacidade para entender e imaginar seja ameaçada, sempre é necessário investigar o mal que o homem pode promover. Porque, deste modo, nós podemos saber mais e melhor... tanto à condição humana, quanto sobre nós mesmos.
Tradução Livre: [email protected]



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