Galápagos
Provavelmente um dos melhores livros, Galápagos se espalha inacreditavelmente sobre um período de uns milhões de anos de história? e é humano apesar deste âmbito de ciência. Sai como uma nave espacial... chispando, o que não o faz nem mesmo mais pálido, ou encolhido ao ver uma capa de pó intergaláctico.
Ilhas de Galápagos, tornadas famosas por Charles Darwin devido à flora peculiar e fauna que permaneceram intocadas por bilhões de anos de desenvolvimento genético, e que deve ter sido a inspiração deste gênio furioso que Vonnegut parece ser;
Comandar um... tal conto, magistral, de força imaginativa máxima.
Ele joga Deus prá gente, e o leitor é forçado a assistir com a respiração presa, a batida com que ele destrói o mundo em uma série de escaramuças de fronteira, insensatas, entre economias vis de nações latinas e americanas - mas permite a um punhado de pessoas fortuitamente selecionadas - naveguem em um cruzeiro de luxo.
Capitaneado por um bêbedo, o mais incompetente, e ajudado por uma senhora de meia-idade inteligente que prevê o futuro - escuro para a humanidade - e cruza todos os limites imagináveis ao conseguir com seis meninas tribais, primitivas, engravidá-las sem qualquer atividade sexual entre si, e isto mostra a índole repulsiva do homem. Vonnegut está um verdadeiro mestre passando de um humor negro à comédia, que ele esbanja ao leitor, em porções, em todas as páginas.
A caneta mágica dele transforma corações partidos, tragédias, períodos horrendos... em pura comédia, e incita sem parar a mente turbo-carregada do leitor, assim para seguir em frente? embora os absurdos e improbabilidades pareçam impossíveis.
Embora siga o seu curso, desenhando que o capitão esteja muito à favor da irregular descrição que desenhou Vonnegut para nos guiar por esta parcela volumosa de comédia apimentada, com a língua estufando a bochecha, comenta sobre tudo aquilo que parece, agora mesmo, visível ou invisível prá nós.
Talvez importasse o sacrilégio a derramar mais feijões sobre o final superalimentado da história, e depreciasse o lado orgástico que jorra do autor, ao imaginar o triste estado dos seres humanos que passaram por um milhão de anos de evolução desde Darwin... uma palavra bastaria para descrever este opus de magnum: Obra-prima!
Tradução livre:
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