A Crítica De Machado De Assis
(Bezerra; Mariana)
O ponto mais alto e equilibrado do romance realista brasileiro. Seus principais temas corriam em direção de uma crítica social que se ampliava ao humanismo. O seu equilíbrio não era goetheano, mas questionava a mesquinhez humana e o individuo. Machado quando jovem era um cronista liberal. Tinha um espírito não convencional. A gênese de sua vida faz com que passe a questionar os ditames sociais, ainda mais ele, um mulato pobre em pleno século 18. Ao pesquisar os problemas de classe de certa forma construía um panorama psicológico e social das pessoas e classes. Através de seus livros que Machado respondeu aos questionamentos feitos por ele sobre os mais variados assuntos. Foi a maneira pessoal que o artista responde a situação base em relação às ambivalências da realidade. Na visão da obra de Machado de Assis se encontra dois momentos. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas se encontra uma reestruturação de caricaturas. Quando o foco passa a ser o defunto Brás Cubas são delegados à ele questionamentos sobre o cinismo e a indiferença do homem. Em suas obras há um aprofundamento ao desprezo das idealizações românticas e ferindo o cerne o mito do narrador onisciente. Deixou-se transparecer heróis fracos e indivíduos incoerentes. A partir de romances como Iaiá Garcia e A mão e a Luva alargou-se o horizonte do romance urbano começado por José de Alencar. Passou a questionar o papel social do eu na arte e na vida. Em seus contos ele questiona também a sociedade burguesa fazendo um apanhado psicológico de seus personagens. Há sempre uma abordagem da psique humana. Não se perdia nos determinismos de raças ou nos determinismos sociais presente em O cortiço. Tinha um pessimismo sistemático e um agudo sentido de relativismo. Robert Scharwz em seu livro sobre Machado de Assis e a periferia diz que o autor teve a formula célebre entre o homem social e o crítico. O crítico buscava assegurar aos brasileiros o direito à universalidade e ao assunto local. Machado de Assis instaurou um novo brasileirismo, um brasileirismo interior, diverso e mais profundo. O dispositivo literário capta e dramatiza a estrutura do país, transformada em regra e escrita.
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