Lesões Transfixantes
(luxjus)
Lesões transfixantes Quando há orifícios de entrada e de saída, é possível o estudo do percurso da bala no organismo. Dificuldades podem haver e devem ensejar melhores estudos no caso particular, pois é de extensa valia no campo criminal ( diferença entre acidente, crime e suicídio) Distância do disparo Levando-se em conta a distância do disparo, os tiros são usualmente classificados em encostados, próximos e distantes. Tiro à distância: O projétil percurte os tecidos e os leva diante de si, rompe-os e neles se limpa, formando a orla de contusão e enxugo. Tiro encostado: A boca da arma se apóia no alvo. Identificação da arma Quando se apreende uma arma suspeita, é preciso verificar se dela procede o disparo fatal. Em outros termos é necessário que se estabeleça se o projétil encontrado na vítima procede, efetivamente dessa arma. O primeiro dado a ser objeto de consideração é o calibre, pois se não houver coincidência, não há como prosseguir o estudo. Se houver coincidência, passa-se ao segundo elemento: o número de raias da arma, decalcadas sob a forma de sulcos na face lateral do projétil. Essas saliências(raias) encontradas na face interna do cano da arma, têm por finalidade imprimir à bala um movimento giratório sobre seu próprio eixo, para assegurar controle da direção do disparo. Variam em número com o tipo da arma e com o fabricante. Quando ocorrem coincidências de calibre e número de raias há possibilidade da arma em estudo ser responsável pelo disparo. Mas esses dados são insuficientes: é preciso que se chegue a prova precisa. Em outras palavras, não bastam provas genéricas, é preciso uma individualizadora. Esse objetivo é alcançado pelo estudo da estriação lateral fina. A parede interna do cano da arma é irregular, graças à variação decorrente do esfriamento do material metálico. Essa saliências, embora bem mais finas do que as raias, também imprimem sulcos no projétil. E é graças a essas variações que se pode identificar a arma de que procede o projétil encontrado na vitima. Como provar? É necessário que se faça "tiro de prova" obtendo-se assim, projétil seguramente procedente da arma suspeita. Agora basta compará-lo ao fornecido pelo necroscopista, e por isso, certamente, o homicida: se forem iguais, terão igual procedência (a mesma arma). Essa comparação dos projéteis pode ser feita de duas formas: Por decalque dos sulcos em papel gomado. Procede-se igualmente com os dois projéteis e verifica-se se há ou não coincidência dos detalhes reveladores da estriação lateral fina da arma em estudo. Por estudo estereoscópico dos projéteis, em aparelho especial: microscópio comparador. Neste caso ( como também se pode fazer no anterior) fotografam-se as coincidências. Finalmente é útil lembrar ( embora seja menos usual) que essa identificação da arma pode ser feita pela comparação das cápsulas ( a encontrada no local e outra obtida por disparo experimental)
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