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O Dia Em Que Lacan Me Adotou
(Gérard Haddad)

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O narrador, Gérard Haddad, trabalhou na África e na Ásia como agrônomo, desenvolvendo pesquisas para resolver os problemas de cultivo que pudessem aumentar a produção de alimentos em países pobres. Terminou por se tornar psicanalista. A história que conta é de como, sentindo-se deprimido, foi procurar Lacan em busca de apoio psicológico. Tinha insatisfações profissionais, familiares, de toda ordem.
O curioso é a descrição de como ocorriam as sessões do famoso psicanalista. Podiam durar horas ou poucos minutos. Não tinham roteiro pré-definido. Desnorteado, a princípio, o narrador vai se acostumando à mecânica do tratamento, e descobre que, muitas vezes, em apenas um minuto o terapeuta consegue que seu paciente perceba um problemão, ou a razão pela qual vem sofrendo tanto.
Para quem não conhece psicanálise ou Lacan, especificamente, o livro é uma revelação. Lacan tinha muitos pacientes, mas como as sessões não tinham tempo determinado, muitas vezes alguns ficavam horas na sala de espera. De vez em quando arranjava um encontro entre dois pacientes, para que eles trocassem experiências e se ajudassem, por assim dizer. Mantinha grupos e promovia seminários disputadíssimos.
Bem, Haddad fez anos de terapia. Às vezes as sessões aconteciam uma vez no ano, ou no semestre, porque o paciente viajava para longe. Outras vezes Lacan o mantinha afastado por uns tempos. Ao final, Haddad largou seu emprego de agrônomo, em que ia muito bem, e abriu um consultório próprio para começar uma nova carreira profissional. O livro, um de muitos que escreveu, é como um diário, uma revelação de como se deu sua iniciação no universo da psicoterapia, de suas emoções e racionalizações. Diz que foi adotado pelo mestre. Como um filho, mesmo, mais do que como discípulo.
A narrativa às vezes é pesada, induz o leitor a analisar seus próprios sentimentos. Em outros momentos é muito divertida. De maneira geral é instrutiva e agradável.



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