Hell, Ed. Intrínseca, Trad. Brasileira, 2003.
(Pille, Lolita)
Livro escrito por uma patricinha francesa que poderia muito bem ser denominado _ A Insustentável Pequenez dos Ricos. Não é revelador, pois confirma decantada cantilena: a alta burguesia mantém uma relação erótica com os produtos de vitrine, incapacitando-se para o amor propriamente humano, fato suficiente para cavar um abismo infernal entre si mesmo e os outros, fonte única de felicidade. Mostra uma classe criadora aprisionada por sua própria criatura, por sua própria mentira, o consumo sem crítica de braços com o consumidor sem virtude. Estampa uma vez mais os riscos das sociedades cuja riqueza substituiu de forma exclusiva a grandeza. É mais um exemplo de obra-rojão, estoura no começo e depois de alguns meses ninguém mais ouve um ruído sequer.
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