POESIAS (E-mail 
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 ?A liberdade, como as abelhas, tem mel e ferrão?. Para sermos felizes às nossas custas, deveremos utilizar o mel: A infelicidade tem por tirocínio o uso do ferrão! ?A liberdade não é nada sem o eco que a multiplica!?.                                                     
                     LAMENTOS E... EXTASE!                                            
                                          A abelha pousa na flor 
 Sem o pólen massacrar, 
 O homem fustiga o amor, 
 Sem nem ao menos pousar!    
                O passarinho faz o ninho 
 Sem a natureza incomodar, 
 O homem, sendo mesquinho, 
 Faz sua poluição imperar!    
 A formiga faz seu lar 
 Em união e eqüidade, 
 O homem, a rapinar... 
 Direitos e igualdade!    
 Até o animal predador 
 Satisfaz-se com a fartura, 
 O homem, em seu rancor, 
 Só para na... Sepultura!    
 O equilíbrio da vida 
 Tem por base o amor, 
 Sem disputa renhida 
 E sem almejar penhor.    
 Nem Jesus envelheceu 
 Neste mundo nefando, 
 Veio amar e...  Morreu! 
 Como se estivesse pecando!    
 Pregou o eterno paraíso 
 Longe dos meandros terrenos, 
 Profetizou o dia do juízo 
 Com julgamentos serenos.    
 Homens insensatos! 
 Copiem dos animais, 
 Não sejam ingratos... 
 Acatem os seus iguais!    
 Às vezes  fico a cismar 
 Com os olhos marejantes, 
 Pesquiso o éter a sonhar 
 Em lamentos constantes.    
 Procuro a liberdade, 
 Nas dobras do infinito, 
 Perco-me na eternidade 
 Sem ecos do meu grito.    
 Com as lágrimas fluindo, 
 Vejo as estrelas perenes, 
 Quais diamantes sorrindo 
 Em almofadas solenes.    
 Navego na orla da vida 
 Em escaramuça da sorte, 
 Minha fé... É dolorida! 
 Só terei valor na morte.    
 Em minha vida corre morna 
 A esperança da liberdade. 
 No mundo sou uma bigorna 
 À mercê de vil crueldade.    
 Soluça minha alma triste 
 Neste planeta de ilusões, 
 Frágil flor que existe, 
 Pendente de mil perdões.    
 Lamenta minha triste alma, 
 Entre as quimeras da vida, 
 Na onda do mar sem calma, 
 Em oceanos sem guarida.    
 Vagueia minha alma sofrida 
 Entre os meandros da paixão, 
 Com a fronte sempre erguida 
 Liderada pelo meu coração!    
 Lamento o humano peregrinar, 
 Almejo a fartura no carinho, 
 Respiro a injustiça abrangente, 
 Sofro um mesquinho carinho.    
 Felicito o saltimbanco sem raiz, 
 Almejo a ponte/união recomposta, 
 Encontro muros das elites do país! 
 Sofro a injustiça a mim imposta...    
 Lamento os pés descalço dos favelados, 
 Almejo fraternal abraço entre os seres, 
 Encontro  trincheiras de desesperados, 
 Sofro açoites de desinteressados próceres    
 Lamento as chagas dos pedintes, 
 Almejo linimento para os enjeitados, 
 Encontro os labirintos dos requintes, 
 Sofro a ausência dos premiados...    
 Lamento os seguidores do Mal, 
 Almejo o equilíbrio entre nações, 
 Encontro à fluidez de amor formal, 
 Sofro a esperança das premiações...    
 Lamento o leme em mãos venais, 
 Almejo um comandante capaz, 
 Respiro o brotar da felicidade, 
 Encontro os caminhos terminais.    
         DIAMANTINA! 
 Oh! Viandante sedento 
 Da fuga da chaminé... 
 Vire leme e pensamento 
 Pra o reflexo do Itambé!    
 Esqueça a luxúria enfadonha, 
 Progresso, sufoco e poluição, 
 Venha à bacia do Jequitinhonha 
 Conhecer gente... Dar às mãos!    
 Verás deitada na serra, 
 Banhada em água cristalina, 
 A mais bela cidade da terra: 
 Minha doce... Diamantina!    
 Cimo apoiado no ?Bom Jesus?, 
 Pés, descansando na ?Palha?, 
 Braços em forma de cruz: 
 Apontando pára às muralhas!    
 Comunidade sem barreiras, 
 Mágoas, muros ou suspeição, 
 Onde turistas cerram fileiras, 
 Com total admiração!    
 Clima ameno, cheiro de campina, 
 Ruas estreitas... Aconchegantes! 
 Para os turistas não é sovina 
 Pra os filhos é sempre amante!    
 Construída por escravos 
 Em época remota e sofrida, 
 É uma cidade sem agravos, 
 Espelhando as faces da vida.    
 Do passado... Os casarões! 
 Com treliças nas varandas 
 Desafiando às gerações: 
 Derrotando as estações!    
 Cidade patrimônio! 
 Base da Antigüidade: 
 Teu presente é sinônimo 
 Da maior tranqüilidade!    
 Teu futuro... Uma promessa! 
 De ser o retrato da vida, 
 Desde que não haja pressa 
 De ser pelo homem... Destruída!    
 Oh turistas pasmados! 
 Com tanta beleza pura, 
 Mantenham-se respeitosos 
 Ante tão belas estruturas!    
 Precisamos ter amor 
 Pelo que existe agora, 
 Respeitando o seu resplendor 
 Pelos tempos afora!    
 Admirem o barroco lindo, 
 Aspire ao nosso ar mais puro, 
 Mas, não maculem, destruindo 
 O nosso passado: fulcro do futuro!     
 Tejuco era o teu nome 
 No pretérito distante, 
 No presente, tens renome 
 Como o oásis do viajante!    
 Oh filhos de Diamantina! 
 Conservem o teu patrimônio 
 Numa pilha cristalina 
 De beleza sem homônimo!    
 O tempo sempre devassa 
 Às construções antigas, 
 Mas, o Homem, faz carcaça 
 Como se fossem inimigas.    
 Fugistes da chaminé 
 E da total poluição! 
 Em Diamantina, tens o pé... 
 Não causem destruição! 
 (BARACHO)