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Minha Fruta Inesquecível
(Roger Welty)

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O estudante universitário mal chegou ao portão, saiu apressadamente para tomar o bonde. Inesperadamente, viu o seu amigo e professor Sompot Upain, da Universidade Silpakorn, fazendo sinais para que saltasse. Ele deu um pulo e cumprimentou o mestre.
Foi quando sentiu um cheiro de decomposição vegetal. Perto, viu inúmeras maçãs medievais amontoadas. Pareciam bolas de futebol americano mas tinham pontas, como espinhos. O estudante não estranhou o cheiro. Afinal estava em Bangcoc, cidade de mil odores. O professor ajudou-o a limpar os cadernos que, no salto, caíram. E disse que se preparasse para uma grande experiência.
Ainda espantado com os tais vegetais, foram para o restaurante, Estava exausto com tamanha surpresa. Precisava tomar água. Pela janela, viu o professor pegar um dos estranhos vegetais, partir ao meio, tirando do interior amarelo-ouro da fruta um pedaço. Entregou, então, ao garçom, aquela fruta espinhenta.Também pediu água.
Querendo esclarecer o mau cheiro e as frutas espinhentas espalhadas, o rapaz perguntou o que havia acontecido. O professor comentou que as frutas chamavam-se duriões. Já ouvira esse nome.
Quem visita a Tailândia conhece o cheiro forte da fruta e o perigo que representa ao cair no pára-brisa ou na cabeça. Na Malásia, existem redes sob as árvores para que não caiam nas pessoas e carros.
O durião é uma fruta conhecida como afrodisíaca, mas é perigosa se ingerida junto com bebida alcoólica.
O dono do restaurante voltou com a fruta em uma bandeja e dois pratos. Partiu-a. Viram, então, vários gomos amarelo-ouro. O professor Sompot sugeriu que puxasse alguns gomos para saboreá-los. Disse que eram conhecidos como mon thong, o travesseiro dourado. O universitário espantou-se. A fruta feia, com cheiro forte, na verdade era deliciosa e derretia na boca. Tinha sabor de uma mistura de banana, caramelo, baunilha e pasta de alho ou cebola. Para descascar o durião era preciso ter habilidade cirúrgica. E comer devagar para não ter azia.
A rapaz soube que o durião é nativo do Sudeste da Ásia, cultivado na Indonésia, Malásia e Tailândia. Depois de uma seleção de mudas naturais, produzem diversas variedades. Amadurecem de maio a junho, em seis semanas. Alguns hotéis e companhias aéreas proíbem de levar os duriões para o seu interior, devido ao odor. É exportado para vários países por um preço altíssimo.
O professor contou, ainda, que, pelo alto teor calórico, o durião pode elevar o nível do colesterol. Por isso, quem come durião deve reduzir os alimentos calóricos nesse dia.
O estudante nunca mais esqueceu a famosa fruta que lhe deu tanto trabalho para conhecer. Uma única coisa ele jamais conseguiu: abrir a fruta para saboreá-la. Quem se habilita? Não é uma majestade, esse durião?



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