O Morador Do Wildfell Hall
(Anne Bronte)
Vivendo uma vida tranquila, baseada na filosofia do amor pelos outros e totalmente gratificada por sua relação com a irmã, Anne Bronte guardava sua força e persistência para continuar aguentando seu trabalho de governanta, justamente aonde suas irmãs, Charlotte e Emily tinham falhado. Porque para ela, a coisa mais importante no mundo era Deus, acreditava que tinha sido colocada no mundo por Ele para ajudar aos outros no cotidiano. Desta forma deve ser lido seu segundo e até agora desconhecido romance, O Inquilino do Wildfell Hall. Este livro publicado em 1848 e só recentemente re-editado, graças a uma adaptação cinematográfica maravilhosa, feita com muito sucesso pela BBC, chamou atenção aos leitores atuais, como uma história complexa, muito bem explicada e extrategicamente organizada.Dvidida em tres parte, na qual a mais interessante se concentra na segunda, no meio do livro, onde se descreve os dois personagens principais.O começo e o fim parecem portanto partes adjacentes, quase entediantes por falta de interesses, mas ao se reler este romance, podemos entender a critica de Charlotte a ele como "um erro total". Certamente que estas duas partes são escritas para concretizar a trama, na qual os personagens, Eliza Millward, ou Miss Wilson, os mesmos da familia Markkam são quase um exagero. Na parte mais importante do meio do livro as personagens são realmente descritas de forma interessantes e bem criadas. Para começar com o narrador: a pobre e miserável Helen, uma personagem muito bem caracterizada, muito familia edoméstica, cujo problema é simplesmente a situação infeliz do marido.No começo de suas memorias, quando ela é ainda uma jovem garota, pode-se fazer uma comparação à heroina de sua irmã "Jane Eyre". Notase este sinais na obstinação e bom carater de Helen com seu imenso amor, onde o leitor pode até confundir com a persistente Jane, além do seu futuro marido, Arthur Huntingdon se parecer muito com o primeiro Sr. Rochester; mas Helen ao contrário de sua irmã literária, é uma pessoa bem gentil, quando passamos a ler o começo do casamento.Um outro ponto importante de coincidência com"Jane Eyre " e a habilidade e gosto da Sra. Huntingdon por desenho. Este tipo de arte pode ser encontrado na própria Anne que também faz uma transferência para a sua segunda heroina, conhecida como Agnes, mas que tem outras virtudes físicas e intelectuais : primeiro a força para aguentar o sofrimento que a doença de seu marido vai lhe dar e o estoicismo com que ela aceita seu amor rejeitado e desprezado por uma mulher frívola e depois a coragem para aguentar sua solidão junto ao despudorado galanteio de Hargrave.É justamente este aumento da firmeza de carater de Helen que prende a atenção como é natural em Bronte, a habilidade de criar uma mulher, bela ou não, cuja luta na vida seja o preço que irá pagar para viver. Também esta personagem sofre bastante, desta vez não na forma econômica, mas moral; seu marido ao falir faz ela se arruinar com ele ao se desfazerem seus planos e preconceitos morais.Deste momento em diante, coincidentemente com a descoberta da primeira traição do seu marido, ela reserva todo seu amor ao filho, a única coisa que lhe resta. A segunda personagem principal é o Sr. Huntingdon, cuja personalidade magnética é a atração do livro.Nas primeiras descrições dele a autora coloca-o como um bêbado inveterado e sem solução de melhora de conduta.Outros personagens menos importantes interagem com este, que de uma certa forma são poupados da falência em que caiu Hundingdon no vício,vinho e mulheres, por menos falta de escrúpulos. Ele é a cópia do irmão de Anne que assutadoramente o viu se arruinar numa decadência diária e dolorosa. Esta figura poderosa de bêbado pode ser ainda comparada ao Morro do Ventos Uivantes "Wuntering Heights" que a irmã de Anne descreveu com o nome de Hindley. Mas o livro não é de maneira alguma uma cópia da obra prima de Emily por sua estrutura básica."O Inquilino " reproduz o bêbadode uma maneira suave que não se faz reconhecido até o fim quando se descobre seus erros e desfalques.Muitos aspectos deste livro diferem do primeiro e ainda imaturo, "Agnes Grey" - a segunda e última obra de Anne, na sua visão religiosa do mundo, chegando assim a uma fase objetiva e crítica. Neste ponto ela se coloca como uma nova escritora, uma mulher finalmente livre para ver o mundo como é realmente, mesmo que isto lhe custe um preço invaliavel.
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