Passo A Passo Até As...algemas!
(BARACHO)
O detetive (Nestor), o quase cego (Bartimeu) e o menino (Vadinho), se reuniram, na elucidação de vários crimes hediondos. Não usaram da violência ou armas, o fazendo, tão somente, com fulcro nas suas inteligências natas e um raciocínio lógico. Vários assassinatos, com requintes de crueldade, transcorreram, e foram seqüentemente elucidados. As confissões dos assassinatos se deram num ginásio e num estádio de futebol de, quando, então, o trio passou a ser denominado de ?Trio da Justiça!? . É um suspense policial que desafia o vislumbre dos autores antes que eles sejam apontados pelo trio referido. A SEGUIR, UM TRECHO DO LIVRO: ...Uma fumaça espessa fluía do bambual com sua sombra se projetando na beira de um córrego. O incêndio ainda não tinha ganhado ás pontas dos bambus. O bambual ficava nos arrabaldes da cidade de Curvelo, num pasto praticamente isolado e só freqüentado pelos animais vacuns e seus boiadeiros. Naquele final de dia, o gado estava parado do outro lado do córrego e parecia estar observando o incêndio, não se dirigiram ao riacho mas, também, não retornaram ao pasto. Um grito lancinante e agônico cortou os ares vindo do meio do bambual e das chamas, assustando o gado que disparou. Emílio, vaqueiro da fazenda, teve á sua atenção chamada pelo estouro da boiada ao mesmo tempo em que viu a fumaça. Saiu correndo em direção do gado, tendo que se esconder, detrás de um jacarandá para não ser pisoteado. Deixou o gado passar, a sua atenção estava voltada para o bambual. Chegou ao córrego e viu o incêndio, decidindo não avisar ao seu patrão em razão do bambual estar isolado da vegetação seca e ser até bom a sua queima por já estar muito velho , resolveu permanecer ali até ficar totalmente às escuras. Ficou alegre ao ver que o fogo estava quase se extinguindo por não ter ?alimento? para continuar aceso. Quando decidiu ir embora, lhe pareceu que algo estava mexendo nas brasas ou cinzas, preocupado com a possibilidade de ser um bezerro, procurou chegar mais perto. O que viu no lusco-fusco daquele final de dia, fez com que ele saísse correndo em direção da sede da fazenda, aonde chegou gritando para o patrão: ?O bambual pegou fogo e tem uma moça morta entre as cinzas!? ?Quem é a moça ? perguntou o fazendeiro Serafim. ?Não consegui vê-la bem, havia fumaça, e a sua roupa estava queimada com trapos ?grudados? ao corpo. ?Vá até a Delegacia de Polícia e peça ao Dr. Altair para vir para cá, ao sair, peça aos demais vaqueiros para não irem ao bambual. Naquela mesma noite, o delegado, acompanhado do detetive Ildeu e do perito Amílcar, compareceu a fazenda Soledade e foram todos para o bambual. Com duas potentes lanternas, o cadáver foi iluminado, a cena era Dantesca! com o detetive Ildeu dizendo que era ?animalesca !?. Como é de praxe, os policiais antes de tocarem no cadáver ficaram alguns minutos observando, o que viram à luz das lanternas foi o seguinte: Uma jovem aparentando ter uns vinte e dois anos estava em posição fetal com o pulso direito algemado ao tornozelo da perna esquerda, às suas roupas estavam, praticamente, queimadas, só se via algum tecido nos trapos onde seu sangue jorrara umedecendo-os, a sua calcinha de ?nylon? parecia um curativo enrugado tapando parcialmente a sua vulva, o seu rosto parecia um tição de lenha queimado. Fotografias foram tiradas pelo perito. Nenhum vestígio, pista ou pegadas, foram encontrados. O cadáver oi colocado numa maca e levado para o necrotério. No dia seguinte, todos os meios de comunicações escritos, falados e televisivos, deram a notícia ao mesmo tempo em que pediam que fossem ao necrotério do hospital para o reconhecimento do cadáver. Umas pessoas de um circo que estava saindo da cidade e que deram pelo desaparecimento de uma jovem trapezista, compareceram ao necrotério com policiais, todavia, nenhuma delas reconheceu no cadáver a moça que desaparecera. Segundo legista, havia sinal de ruptura vaginal ou violação que poderia ter sido ocasionada por uma relação sexual recente. Feita a autópsia das vísceras, a única coisa discordante encontrada foi um pequeno broxe com o escudo do Cruzeiro, time de futebol da capital, que foi recolhido. O laudo médico deu como causa da morte: ?asfixia por fumaça e graves queimaduras generalizadas com perda de líquidos vitais?. A tomada de depoimentos não resultou em nada útil para a elucidação do crime. Não havia como conseguir as impressões digitais da vítima em razão de todos os seus dedos terem se queimado com o incêndio. O local do encontro do cadáver foi periciado na manhã seguinte por peritos e detetives e nada foi encontrado. Todos os que foram ao necrotério não reconheceram a vítima. Sem o nome da vítima, do assassino e testemunhas presenciais ou oculares, o inquérito acabou arquivado e o corpo enterrado em ?cova rasa? no cemitério da cidade de Curvelo...
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