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Jorge Amado, Com Cravo E Canela
(Mercedes Penna Carvalho)

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Jorge Amado de Farias nasceu em Itabuna, zona do cacau no sul da Bahia, em 1912. A sua estréia na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro coincide com o lançamento do primeiro romance O país do Carnaval, em 1931. No ano seguinte, na companhia de Rachel de Queirós, filia-se a grupos políticos e ao Partido Comunista Brasileiro. Os anos de 1936 e 1937 serão difíceis para o autor que conhece o horror da prisão política. Em 1946 consegue se eleger deputado pelo PCB, mas isso é por pouco tempo. É anunciada a ilegalidade do seu partido. Em 1948, visita países socialistas da Europa para se aprimorar nas idéias. Só vai sossegar da política em 1958, quando se dedica mais à literatura.
Seus livros representam o regionalismo das zonas rurais do cacau e de Salvador. Enfatiza os tipos marginalizados pela sociedade para analisar a própria sociedade. Suas histórias retratam o linguajar do povo, mistura de lirismo e ideologia. Percebe-se, no entanto, diferenças que evidenciam textos mais amenos, mais doces. Entre Seara Vermelha e Dona flor e seus dois maridos há uma certa distância. O primeiro envolve-se mais com a política, enquanto o segundo é poético e carregado de humor, como é o nosso dia-a-dia.
A obra de Jorge Amado divide-se em três momentos, segundo a crítica. Há romances urbanos que retratam Salvador e toda uma conotação social, como Suor, O País do Carnaval, Capitães da Areia. Há romances que envolvem todo o ciclo do cacau, com as fazendas de Ilhéus e Itabuna e a luta dos trabalhadores rurais que são explorados. A exportação é o forte da época. São livros como Cacau, Terras do sem-fim, São Jorge dos Ilhéus. E há livros carregados de sensibilidade que contam histórias do cotidiano, como Gabriela, Cravo e Canela.
Jorge Amado é esse fenômeno da literatura brasileira. Busca a liberdade em todas as suas linhas literárias. Vivenciou, com imparcialidade e paixão, o drama da economia cacaueira, a conquista da terra pelos coronéis, as mãos ávidas dos exportadores. Por isso, sua obra tenta libertar, através das palavras, hábitos e preconceitos. De um jeito informal e lírico. Como só ele soube fazer!



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