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Orgulho E Preconceito
(Jane Austen)

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A história do livro se centra na tradicional família inglesa: Bennet, pouco abastada cuja principal preocupação da mãe, Mrs. Bennet é casar suas cinco filhas, entre elas Elizabeth, com homens relativamente ricos. A inércia do pai fraco e submisso à esposa leviana é retratada no Mr. Bennet que, apesar de ofuscado pelo comportamento da esposa, tem uma relação terna com as filhas.
Sr. e Sra. Bennet estão às voltas com o alvoroço que um recém vizinho rico, Sr. Bingley (Simon Woods), tem causado em suas cinco filhas, principalmente em Jane , que enxerga nele o casamento dos seus sonhos.
Naquela época, o enlace matrimonial era coisa séria: não casar significaria à pobre moça o estigma de solteirona, perdedora e infeliz. Portanto, não casar não era uma atitude feminista, simplesmente não era adequado à época.
Elizabeth Bennet é uma moça à frente do seu tempo. Não tão bonita quanto a sua irmã e de uma sagacidade e inteligência superior, ela enxerga com outros olhos a vida e o seu destino. Mas acaba envolvida com o melhor amigo do Sr. Bingley, o aristocrata e pedante Sr. Darcy .
Inicialmente, como em toda história de amor que se preze, eles não se bicam: ela, por achá-lo soberbo; ele, por desprezar a condição social dela.
Elizabeth não é boneca de luxo, disposta a suportar os mandos e desmandos. Ela exige respeito. Pior: numa família com dificuldades financeiras, Elizabeth comete o supremo ultraje --impensável no seu tempo-- de recusar propostas de casamento que salvariam a sua condição e a conta bancária de toda a família.Elizabeth não cede e triunfa. A família também.
Depois, ele acaba por se apaixonar por ela e, mesmo amarrado aos preceitos da época, se declara, mas é rejeitado.
A trama desenrola-se em meio a esses dois romances, atrapalhados por julgamentos errôneos que as primeiras impressões podem causar. A rejeição de Darcy em relação a Elizabeth e todo o seu mundo é característica marcante nas obras de Austen, que mostra a barreira de castas, geralmente estereotipando membros da elite e dando aos menos abastados a missão de fazê-los descer dos seus pedestais, humanizá-los.
Até que enfim acertam os ponteiros.
Orgulho e Preconceito é uma meditação brilhante sobre a forma como as primeiras impressões, as idéias apressadas que construímos sobre os outros, acabam, muitas vezes, por destruir as relações humanas.
Elizabeth despreza a arrogância de Darcy sem perceber que essa arrogância, às vezes, é uma forma de defesa: o amor assusta mais do que todos os fantasmas que habitam o coração humano. Darcy despreza Elizabeth porque Elizabeth é uma ameaça ao seu conforto social e até sentimental. Elizabeth e Darcy não são personagens distintos. Eles são, no seu orgulho e preconceito, personagens rigorosamente iguais.
Jane Austen acertou. Duplamente. Como literatura e como aviso. O amor não sobrevive aos ritmos da nossa modernidade. O amor exige tempo e conhecimento. Exige, no fundo, o tempo e o conhecimento que a vida moderna de hoje não permite. Os seres humanos são apenas produtos que usamos (ou recusamos) de acordo com as mais básicas conveniências. Procuramos continuamente e desesperamos continuamente porque confundimos o efêmero com o permanente, o material com o espiritual. É uma arte que se cultiva. Profundamente. Demoradamente.



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