The Name Of The Rose
(Eco, Umberto)
Um dos "livros da vida" de qualquer um. Da minha é, seguramente. Eco, leva-nos muita mestria e pela mão de um dos personagens que, já idoso conta uma das aventuras que viveu quando era jovem com, a viajar até ao sec.XIII, a uma abadia onde acontecem crimes misteriosos. Um após outro aparecem mortos, de forma misteriosa vários frades, cujas mortes aparentemente, parecem personificar as profecias do Livro do Apocalipse. Gera-se um clima de histerismo e terror. Desconfia-se de toda a gente mas sobretudo da intervenção de forças demoníacas. Toda a gente acredita que algo de maléfico e terrível se abateu sobre a abadia. Toda a gente? Não! o personagem principal, Guilherme de Baskerville e o seu discípulo Adso de Melk, que é o narrador, um Sherlock Holmes e um Dr.Watson medievais têm outra opinião e contra tudo e contra todos, inclusive contra a própria Inquisição, tentam dar uma explicação racional aos acontecimentos. E afinal, tal como eles previram e ?adivinharam? o culpado da sucessão de crimes é uma obra de Aristóteles, o Livro do Riso, que se julgava desaparecido mas, do qual há na magnífica Biblioteca da Abadia, um exemplar. A partir daí gera-se a controvérsia entre as novas ideias mais abertas e racionais, mais voltadas para a experiência empírica, e os velhos hábitos fechados e místicos, de costas voltadas para a informação que podemos obter pela experimentação cuidadosa. O romance é labiríntico. Simultaneamente reúnem-se os teólogos de João XXII e os do Imperador. O objecto da discussão é a pregação dos Franciscanos, que chamam a igreja à pobreza evangélica e, implicitamente, à renúncia ao poder temporal. As personagens cruzam-se entre a decifração dos enigmas e a discussão sobre a pobreza do Clero. É labiríntica também a Biblioteca onde se esconde o Livro e onde se revelam obras literárias que são copiadas, reescritas, ilustradas pelos diversos frades copistas.
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