Cumplicidade Da Palavra
(Onésimo Gomes)
Cumplicidade da Palavra Quando a palavra foge é porque está com medo... às vezes se esconde para não traduzir o mal em verbo. A palavra é temperamental, reage com dureza, clareza, leveza... Ela é determinada. Quando não quer sair a gente tenta, insiste, suplica, chama... dá-lhe apelido, mas, ela não atende. Quando a palavra foge, é porque não concorda com o que os homens fazem. O que a palavra mais quer é ficar na companhia da gente, depois saltar dos nossos lábios, brincar de escorregar em nossa língua macia, pular de um dente para outro, percorrer o céu da boca, em seguida, no jato de ar quente ser atirada para fora. Daí, ela se abriga nos ouvidos atentos, lança-se no universo, percorre estrelas em busca de morada, afaga, afeta... ergue e demole. A palavra é para-lavrar a terra do pensamento, e fazer brotar, do que se planta, o fruto que nos alimenta. Não importa se esse fruto é doce ou amargo, todos querem provar o seu sabor. À palavra, cabe cumprir a própria missão, ou ser omissa para não ser cúmplice.
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