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Pedagogia Da Autonomia
(Paulo Freire)

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Quiçá chegássemos a uma autonomia tal que sem depender de nada e de ninguém fôssemos capazes de compreender o mundo a partir de uma visão particular e própria. A palavra autonomia vem da união de dois termos gregos, ?auto? e ?nomos?. ?Auto? tem a ver com aquilo que é próprio, que é por si e independente de qualquer outro, ou seja, aquilo que faz-se por si. A palavra ?nomos? designa a organização, a lei, a regência. Destarte, autonomia não é outra coisa que uma convivência própria e particular com o mundo, sem a dependência das influências alheias.
Quando falamos de uma pedagogia da autonomia, estamos falando de um processo de ensino para a liberdade, para a libertação e superação das estruturas impostas e conhecimentos pré-estabelecidos. Somente a pedagogia que se direcione para a autonomia do educando é realmente essencial. De modo geral, há no educador a tendência de reproduzir o seu modo de ser, sua compreensão e entendimento da realidade. Tentando incutir no educando as normas preestabelecidas, o educador faz com que permaneça engessado o sistema vigente.
Os educadores ousados são capazes de alimentar os sonhos e proporcionar aos educandos a renovação da história, o crescimento social e a destruição dos sistemas de opressão. O educador opressor, restritivo, tende a forjar no educando a idéia de inversão, ou seja, de que se um dia o educando for educador deverá reproduzir os sistemas vigentes. Isto é, reproduzir a estrutura de oprimido e opressor. Educar para a autonomia é basicamente criar um subterfúgio que leva a superação deste circulo vicioso.
A manutenção deste sistema faz com que em cada oprimido continue residindo um opressor. Basta o momento certo, a hora exata, e o oprimido se torna opressor, agindo com força e autoritarismo. Isto garante a manutenção de um status de poder, pois o opressor sempre terá força e autoridade sobre o oprimido. Cada vez que o oprimido chega ao poder torna-se tão ou até mais opressor que aquele que ocupava o espaço anteriormente.
Formar para a autonomia proporciona a quebra da estrutura de opressão, gerando uma estrutura igualitária, de possibilidades idênticas. Deste modo, não é o educador o sábio nem o aluno o estulto, mas ambos estão repletos de conhecimentos distintos, onde não há um julgamento de valor. Nesta educação para a autonomia há simplesmente a inter-relação de experiências, que não leva ao acúmulo de informações enfadonhas, mas ao acúmulo de experiências vitais essenciais para a formação do caráter.



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