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O Renascimento E A Medida Nova
(Colégio Objetivo)

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O Renascimento A Medida Nova
O Renascimento ? Conceito e âmbito
O Renascimento foi um dos períodos mais férteis da cultura ocidental: Dante, Camões, Petrarca, Shakespeare, Rabelais, Ronsard, Cervantes, Tasso, Ariosto, Michelangelo, Da Vinci alinham-se como as mais portentosas figuras da arte de todos os tempos. É um período marcado pela supervalorização do homem, pelo antropocentrismo, pelo hedonismo: em oposição ao teocentrismo, misticismo e ascetismo medievais.
O interesse pelo homem e pelo que ele pode realizar de alto, profundo e glorioso (Humanismo) inspira o conceito de homem integral, senhor do mundo, sequioso para conhece-lo totalmente.

Características centrais do Renascimento
· Equilíbrio e harmonia de forma e fundo. Clareza, mentalidade aberta, intensidade vital, ímpeto progressista, euforia, ânsia de glória e perenidade, apreço pelo humano.
· Universalismo, apego aos valores transcendentais (o Belo, o Bem, a Verdade, a Perfeição) e aos sistemas racionais; simplificação por lucidez técnica., simetria.
· Culto da Antiguidade Greco-Latina. Deuses pagãos usados como figuras literárias e claras alegorias.

O Renascimento português
O Renascimento em Portugal corresponde ao período apogeu da Nação, cujo império, à semelhança do império inglês do século XIX, abrangia do Oriente (China, Índia) ao Ocidente (Brasil), e marca, com Camões, a plena maturação da língua portuguesa.
Sob o reinado de D. Manuel, o Venturoso, Portugal gozou de momentânea mas intensa euforia, graças a grandes cometimentos: descoberta do caminho marítimo para as Índias, empreendida por Vasco da Gama em 1498; descobrimento do Brasil em 1500; conquista de Goa e de regiões da África entre 1507 e 1513; Viagem de Circunavegação realizada por Fernão de Magalhães entre 1519 e 1520.
Destes fatos sobrevém uma extraordinária prosperidade econômica: Lisboa transforma-se num importante centro comercial; na Corte impera o luxo desmedido, na certeza de que a Pátria houvesse chegado a uma inalterável riqueza material. Este ufanismo, contudo, vai declinando até a derrocada final em Alcácer Quibir, em 1578, com a destruição do exército português e morte de D. Sebastião. A literatura vai refletir a comoção épica gerada pelo progresso nas primeiras décadas do século XVI, mas reflete também, vez por outra, o desalento e a advertência, lúcidos perante a dúbia e provisória superioridade.
O Renascimento português não representou, como nos países protestantes, uma revolução cultural tão extensa e profunda. Na facção protestante, as condições foram mais favoráveis à liberdade de pensamento e à difusão popular da cultura, graças à propagação da imprensa, veículo privilegiado pela Reforma Luterana. Em Portugal, como na Espanha e Itália, a Contra-Reforma Católica inaugura precocemente, um período de recalque ideológico e de repressão. Em 1547, o Santo Ofício visita casas e livrarias à procura de livros heréticos. Gil Vicente, Camões, Sá de Miranda, Antônio Ferreira, entre outros, foram considerados ?agentes contra a Fé e os Costumes?.

A Escola Clássica Renascentista
Ainda que, já no fim da Idade Média, os autores da Antiguidade Clássica fossem conhecidos em Portugal, só se pode falar na existência de um estilo renascentista expressivo a partir de 1527, quando o poeta Sá de Miranda regressa da Itália, onde viveu entre 1520 e 1527, em contato com a literatura da Renascença italiana, com o dolce stil nuovo, e inicia a divulgação, em Portugal, das modalidades poéticas clássicas. Esse conjunto de procedimentos artísticos, que, em território luso, chamou-se medida nova, consistia:
· Na utilização de versos decassílabos no lugar das redondilhas tradicionais.
· Na predileção pelas formas fixas, inspiradas nos modelos latinos e italianos: o soneto, o terceto, a sextina, a oitava, a ode, a elegia, a canção, a écloga, a epístola, o epigrama, o epitalâmio; além do teatro clássico, com a tragédia grega e a comédia latina, regidas pela ?lei das três unidades? (de tempo, de lugar e de ação).
· Na assimilação da influência temática e formal de autores como Horácio, Virgílio, Ovídio, Plauto, Terêncio, Homero, Píndaro, Anacreonte, Sannazaro, Boccaccio, Boiardo, Torquato Tasso, Ariosto, Dante Alighieri, e Petrarca, além da releitura dos filósofos gregos Platão e Aristóteles, filtrados no pensamento de São Tomás de Aquino e Santo Agostinho.
Contudo, o espírito medieval não foi completamente abandonado. Por isso o Quinhentismo luso constitui uma época bifronte, pela coexistência e, não raro a interinfluência das duas formas de cultura: a medieval, popular, tradicional, materializada na medida velha, e a clássica, erudita, renascentista, que se expressa através da medida nova.
Esse bifrontismo é lugar-comum entre os autores portugueses da época renascentista, cujas aparentes contradições só podem ser explicadas quando se tem em vista a ambivalência cultural da época.
No caso português, acresce não ter havido um Renascimento típico, pois dada à prevalência do catolicismo e do poder eclesiástico, o racionalismo e a ideologia burguesa não vingaram de modo tão expressivo como em outros países.



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