A Auto Da Barca Do Inferno
(Gil Vicente)
O Auto da Barca do Inferno faz parte das obras de teatro vicentino escrta em 1517. A palavra auto( do latim actum, ação) geralmente designa um assunto religioso.A história se desenvolve em torno de duas embarcaçãoes colocadas à margem de um rio - a que conduz ao Inferno e a que conduz ao Céu. Um diabo e seu assistente comandam a barca do Inferno, enquanto um anjo toma conta da barca da Glória. Os mortos se dirigem às barcas, diversos personagens entram em cena e dialogam com o diabo e com o anjo, sendo a maioria deles conduzidos à barca do Inferno. Um fidalgo que deixa alguém rezando por ele, um onzeiro apegado a lucros e ao dinheiro, Joane um parvo, um sapateiro, um frade acompanhado de uma moça chamada Florença, a alcoviteira Brízida Vaz, um judeu, um corregedor, um procurador, um enforcado e quatro cavaleiros que morreram combatendo os mouros na àfrica; desses todos, apenas o parvo e os quetro cavaleiros entram na barca da Glória, sendo os demais condenados ao Inferno. A chegada dos quatro cavaleiros que adentram confiantes à barca da Glória contrasta com o desfile das personagens que vão ao inferno, pois os cavaleiros abnegados de bens materiais, dedicaram a vida a lutar por grandes conquistas. O parvo em sua ignorância também deveria ser perdoado de seus pecados.Cada uma das outras personagens aprsentava uma história de vida terrena que não lhes permitia a ida ao Paraíso.O aspecto mais importante desse auto é, portanto a problemática social explicitada nos tipos humanos escolhidos pelo autor, há uma crítica severa aos costumes da sociedade da época. Há também uma crítica contundente a posição do clero, na figurado padre que chega acompanhado de um namorada. A peça é uma espécie de juízo final.
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