Quincas Borba
(Machado de Assis)
Quincas Borba é uma narrativa em terceira pessoa, que tem como protagonista Rubião, amigo do filósofo Quincas Borba, que ao morrer deixa-lhe uma grande herança. Trocando a pacata vida provinciana de Barbacena pela movimentação da Corte, Rubião se muda para o Rio de Janeiro. Leva consigo o cão - também chamado Quincas Borba- que pertencera ao filósofo e do qual ele deveria cuidar sob pena de perder a herança. Durante a viajem para o Rio de Janeiro, Rubião faz amizade com o casal Cristiano Palha e Sofia, que ao logo percebem estar diante de um rico e ingênuo provinciano. Atraído pela gentileza do casal e também pela beleza de Sofia, Rubião passa a frequentar-lhes a casa, confiando ao novo amigo a administração de seu dinheiro. Sofia percebendo a atração que exerce sobre Rubião, mantém-se em atitude esquiva, insinuando-se ao mesmo tempo. O marido conivente, por sua vez, vai se aproveitando da atração de Rubião para apoderar-se de su fortuna e aplicá-la em benfício próprio. Pouco a pouco Rubião começa a manifestar sintomas de loucura, a mesma loucura que matara Quincas Borba, idealizador da teoria do Humanitismo. A noção fundamental da teoria do Humanitismo é: ao vencido, ódio e compaixão; ao vencedor as batatas. Ou seja na disputa entre tribos, vencem os mais forte, como na vida.A degradação psicológica e financeira de Rubião é em sua essência o Humanitismo. A história de Rubião, fragilizado pela paixão que sente por Sofia, se torna presa fácil num mundo em que o sucesso eos privilégios estão reservados aos que não têm escrúpulos. Explorado até a miséria, Rubião morre e em sua loucura imagina ser Napoleão Bonaparte. Cristiano Palha e Sofia ficam ricos e são considerados dentro da mais perfeita normalidade social. Rubião, porém no mais alto grau de insanidade, tem como último ato um lampejo de lucidez em sua última frase: ao vencedor as batatas...
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