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Fogo Morto
(José Lins do Rego)

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FOGO MORTO

Fogo Morto escrito em 1943 é a obra-prima de José Lins do Rego. Romance de feição realista, procura adentrar a superfície das coisas e revelar o processo de mudanças sociais por que passa o Nordeste brasileiro, numa época que vai desde o Segundo Reinado, incluindo a Revolução Praieira e a Abolição, até as primeiras décadas do século XX.
Seu tema central é o desajuste das pessoas frente à realidade resultante do declínio do escravismo nos engenhos nordestinos, nas primeiras décadas do século XX. O romance conta a história de um poderoso engenho, o Santa Fé, desde sua fundação até a extinção, quando se transforma em - fogo morto, expressão Nordestina para se designar os engenhos inativos. Retomando o espírito de observação realista, o autor faz um minucioso levantamento da vida social e psicológica dos engenhos da Paraíba. Pelo apego ao cotidiano da região, a obra apresenta não apenas valor estético, mas também interesse documental.
Fogo Morto é muito bem classificado como romance regionalista, noção correta. Há porém outros componentes importantes na obra, a partir dos quais se pode enquadrá-la num tipo consagrado. Seguindo o rastro de O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo. Isto é, no sentido de tomar uma personagem coletiva como objeto de análise. Assim como Aluísio de Azevedo investiga o nascimento, vida e morte de um cortiço do Rio de Janeiro, José Lins penetra no surgimento, plenitude e declínio do Engenho Santa Fé, localizado na zona da mata da Paraíba. Na literatura do escritor, o engenho parece ter vida própria, embora suas células sejam as pessoas que o formam, o autor analisa, decompõe as pessoas como forma de expor a constituição do todo. Por essa visão, Fogo Morto tanto pode ser entendido como um romance social quanto psicológico, equivale dizer que uma categoria não existe sem a outra. O livro é forte em ambas as dimensões.
Não se trata de um romance de ação: pretende-se conceber a problematização social e existencial, prendendo por aí, a atenção do leitor. O estilo da obra é modernista, por que baseia-se na linguagem cotidiana, cheia de oralidade espontânea, isto é, o autor procura escrever como se fala. Resulta daí a impressão de vivacidade e dinamismo. Fogo Morto possui força dramática e senso do real. Raras vezes um autor obteve tanto êxito em manipular frases curtas e elementares.




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